O novo corregedor nacional de justiça, ministro Luis Felipe Salomão, assinou uma decisão que prevĂȘ uma série de condutas de juĂzes no perĂodo eleitoral brasileiro. O Conselho Nacional de Justiça promete punir os magistrados que fizerem crĂticas a qualquer candidato, questionar a segurança das urnas eletrônicas e criticar o sistema eleitoral brasileiro nas redes sociais. O CNJ prevĂȘ ainda a criação de juĂzos especiais em todo o paĂs para julgar crimes de motivação polĂtico-partidĂĄria. De acordo com o novo corregedor, todos os julgamentos terão rigidez para punir qualquer irregularidade. O Conselho também apontou uma série de condutas que podem consideradas atos de violĂȘncia polĂtico-partidĂĄria, entre elas estão a intolerância ideológica contra o espectro polĂtico diverso e o inconformismo direcionado a valores e instituições do estado democrĂĄtico de direito, especialmente os relacionados ao processo eleitoral, a posse dos eleitos, a liberdade de expressão e a legitimidade das eleições, como também de seus partĂcipes.
No documento endereçado a todos os juristas do paĂs, o CNJ deixa ainda outro aviso: "a notória escalada da intolerância ideológica e de atos violentos com motivação polĂtico-partidĂĄria", noticiados da imprensa brasileira, em que atos de violĂȘncia com motivação polĂtico-partidĂĄria além de acarretar danos à estabilidade social ensejam ainda riscos à normalidade democrĂĄtica e constitucional. A decisão da corregedoria veda também manifestações pĂșblicas especialmente em redes sociais ou na mĂdia, ainda que em perfis pessoais próprios ou de terceiros que contribuam para o descrédito do sistema eleitoral brasileiro ou que gere infundada desconfiança social acerca da justiça, segurança e transparĂȘncia das eleições.
Os magistrados ficam proibidos de associar sua imagem pessoal ou profissional a pessoas pĂșblicas, empresas, organizações sociais, veĂculos de comunicação, sites na internet, podcasts ou canais de rĂĄdio ou vĂdeo que sabidamente colaborem para deterioração da credibilidade dos sistemas judiciais e do sistema eleitoral brasileiro ou que fomentem alguma desconfiança social acerca da justiça, segurança e transparĂȘncia das eleições. Até o próximo dia 20 de setembro, todos os juĂzes terão que ajustar as redes sociais e registros de vĂnculos pessoais ou profissionais ao que estĂĄ determinado na nova regra publicada. Luis Felipe Salomão deixou claro que todos os inquéritos policiais e ações penais por crimes de violĂȘncia polĂtico-partidĂĄria terão tramitação prioritĂĄria sobre os demais processos em todos os graus de jurisdição.
*Com informações do repórter Maicon Mendes
Fonte: Jovem Pan