Apesar do chamado para estar em BrasĂlia, em um esforço concentrado para anĂĄlise de projetos e medidas, a maioria dos parlamentares priorizaram as suas campanhas eleitorais nestes primeiros dias de setembro, deixando o espaço fĂsico do Congresso Nacional esvaziado. Deputados e senadores analisaram os textos pendentes de forma remota. O encontro foi o Ășltimo antes do primeiro das eleições. O senador RomĂĄrio (PL-RJ) deixou a sua campanha à reeleição para o cargo no Rio de Janeiro para estar em BrasĂlia e conseguiu aprovar o texto sob sua relatoria que obriga as operadoras de planos de saĂșde a cobrirem tratamentos não previstos pela AgĂȘncia Nacional de SaĂșde Suplementar (ANS), os chamados rols taxativos. Outra demanda dos parlamentares era a anĂĄlise de medidas provisórias. Dos seis textos que perdem a validade até o inĂcio de outubro, trĂȘs deixaram de ser analisados pelo Senado e correm o risco de caducar. São eles: o texto que anula créditos tributĂĄrios para empresas que compram combustĂvel para uso próprio, como é o caso de empresas de ônibus, aviação e transportadoras; a MP que permite a migração dos servidores pĂșblicos federais para a fundação de previdĂȘncia complementar do servidor pĂșblico federal do poder Executivo; e a medida que estende à cobertura do Fundo Garantidor de Habitação Popular a imóveis usados. Atualmente o fundo cobre apenas imóveis novos.
A eleição para o Tribunal de Contas da União também ficou pendente. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), avisou aos lĂderes partidĂĄrios que gostaria de votar o indicado para o cargo antes do primeiro turno das eleições, mas nada foi pautado. O deputado FĂĄbio Ramalho (MDB-MG) e o deputado Jonathan de Jesus (Republicanos-RO) são os mais fortes para a disputa. De acordo com lĂderes partidĂĄrios que conversaram com Arthur Lira, os parlamentares só devem voltar a BrasĂlia para novas votações na primeira semana após o primeiro turno das eleições, em outubro. Também nesta semana do esforço concentrado, o Congresso recebeu do governo federal as projeções dos gastos financeiros para 2023, que deve ser votado até dezembro deste ano.
Fonte: Jovem Pan