O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve uma leve melhora em julho ante o resultado de junho, na série com ajuste sazonal, apontou o cálculo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). O ICC avançou 0,5 ponto, para 79,5 pontos no total, o maior nível desde agosto de 2021. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,3 ponto, para 78 pontos. De acordo com a FGV, a alta foi puxada principalmente pelas perspectivas em relação ao futuro próximo. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,7 ponto, para 86,6 pontos, maior valor desde agosto de 2011. O Índice de Situação Atual (ISA) se manteve estável ao variar -0,1 ponto, se mantendo no patamar de 70 pontos, nível baixo em termos históricos e inferior ao período pré pandemia. A confiança cresceu entre os mais pobres, mas registrou ligeira queda entre os consumidores de maior poder aquisitivo. O ICC subiu 1,8 ponto para os consumidores na menor faixa de renda pesquisa. Entre os consumidores da maior faixa de renda, o ICC caiu 0,4 ponto.
"Após alta do mês de junho, a confiança dos consumidores acomodou em julho. Aparentemente, o efeito dos estímulos realizados pelo Governo perdem força e não conseguem reverter a percepção ruim da situação financeira das famílias de menor poder aquisitivo. Apesar disso, nota-se uma melhora das perspectivas para os próximos meses sobre a economia e emprego. Esse movimento, contudo, é exatamente oposto para os consumidores de maior poder aquisitivo. Como sinalizamos anteriormente, a proximidade das eleições pode tornar as expectativas mais voláteis, considerando que não há uma perspectiva de mudança dos fatores econômicos nos próximos meses", afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens. A Sondagem do Consumidor coletou as informações com entrevistas entre os dias 1 e 21 de julho.
Fonte: Jovem Pan