Campanhas de Lula e Soraya vão ao TSE contra Bolsonaro por causa dos atos de 7 de setembro

Opositores parecem ter sentido o impacto do apoio recebido por Bolsonaro

Por Trago Verdades em 07/09/2022 às 18:12:21

Foto: Cadu Gomes/Agência O Globo

A campanha do ex-presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) vai apresentar uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, por abuso de poder econômico e polĂ­tico durante os eventos desta quarta-feira, 7, data que comemora o BicentenĂĄrio da IndependĂȘncia. Os advogados da coligação Brasil da Esperança, que reĂșne o Partido dos Trabalhadores (PT) e outras legendas de esquerda, argumentam que o atual chefe do Executivo usou a cerimônia cĂ­vico-militar do 7 de setembro como "megacomĂ­cio de campanha", o que pode ser considerado crime eleitoral. Os representantes afirmam que Bolsonaro "fez uso indiscutĂ­vel de um evento oficial para discursar como candidato" à reeleição pela PresidĂȘncia da RepĂșblica e também falam em uso de recursos pĂșblicos e da estrutura pĂșblica para fazer campanha. Os discursos desse comĂ­cio escancarado foram transmitidos ao vivo para toda a nação, inclusive por meio da TV Brasil, uma TV estatal", afirmam os advogados EugĂȘnio Aragão e Cristiano Zanin Martins.

Da mesma forma, a campanha à PresidĂȘncia da RepĂșblica da senadora Soraya Thronicke (União Brasil) também anunciou que vai apresentar um pedido de investigação judicial eleitoral contra Jair Bolsonaro, também por abuso de poder polĂ­tico e econômico. Os representantes afirmam que ficou evidente nas agendas do presidente em BrasĂ­lia e no Rio de Janeiro neste 7 de setembro que " o mesmo se utilizou de todo o aparato estatal, da estrutura que lhe é disponibilizada pela União, para se autopromover como candidato, para fim eleitoral", confrontando a legislação eleitoral. "Bolsonaro estava lĂĄ como, afinal? Como militar, como presidente? Era o candidato? Era o marido da primeira-dama? O que parece é que Bolsonaro se travestiu de presidente para se valer em discurso como candidato. Foi abuso de tudo. Fere a democracia e fere a paridade dentro de uma campanha. Chega a ser injusto, imoral, ilegal, desleal, além de irresponsĂĄvel", questiona Soraya Thronicke, em comunicado.

Fonte: Jovem Pan

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