Os Estados-membros da União Europeia decidiram nesta terça-feira, 26, reduzir o consumo de gás em 15% e diminuir sua dependência de suprimentos russos. "Em um esforço para aumentar a segurança do abastecimento de energia da UE, os Estados-membros chegaram hoje a um acordo político sobre a redução voluntária da demanda de gás natural em 15% neste inverno", anunciou o conselho de ministros. Segundo informações disponibilizadas por meio de um comunicado, "o objetivo de reduzir a demanda de gás é economizar para o inverno para se preparar para possíveis interrupções no fornecimento de gás pela Rússia, que usa continuamente o fornecimento de energia como arma", dizia.
Os ministros da Energia aprovaram uma proposta para que todos os países da UE reduzam voluntariamente o uso de gás em 15% de agosto de 2022 a março de 2023. Os cortes poderiam se tornar obrigatórios em uma emergência de fornecimento, mas houve acordo para isentar vários países e indústrias, depois que alguns governos resistiram à proposta original da UE de impor um corte obrigatório. A decisão vem um dia após a Gasprom informar que vai reduzir o fornecimento para 33 milhões de metros cúbicos por dia, cerca de 20% da capacidade do gasoduto, a partir desta quarta-feira, 27. A empresa alegou a necessidade de manutenção de uma turbina. "É mais uma prova de que a Europa deve "reduzir sua dependência do abastecimento russo o mais rápido possível", disse o ministro da Energia tcheco Jozef Sikela, cujo país detém a presidência rotativa do Conselho da União Europeia. A redução em 15% do consumo de gás já tinha sido pré-adiantada na semana passada, e deve começar a valer em agosto.
Os 27 membros da UE, que impuseram sanções econômicas à Rússia para puni-la por sua invasão da Ucrânia, se reuniram para definir uma forma de reduzir o uso de gás e compartilhar o fardo da escassez. "O regulamento do conselho prevê ainda a possibilidade de ativar um "alerta da União" sobre a segurança do abastecimento, caso em que a redução da demanda de gás seria obrigatória", continua o comunicado disponibilizado pela UE. A Hungria, que é dependente do gás russo e já tinha sido contra qualquer coisa que envolvesse esse recurso, foi o único estado-membro que não foi a favor dessa redução.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan