Chernobyl: Youtuber acessa "sarcófago" da usina nuclear; assista

Por Trago Verdades em 16/09/2022 às 00:25:25

Imagem: Andreas Wolochow/Shutterstock

Em outubro de 2021, pouco antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, o youtuber Kyle Hill teve a chance de adentrar o novo "sarcófago" do reator 4 da usina nuclear de Chernobyl.

Dentro da estrutura, é possível ter um vislumbre raro do marco zero de um dos maiores desastres nucleares da história humana e suas consequências terríveis. O youtuber ainda explica alguns detalhes internos da estrutura, sua função e toda a preparação necessária para adentrar o local.

O tour no local é estritamente controlado e requere expressa permissão do governo ucraniano, sendo mais comum a visitação da região no entorno, como os prédios nos quais os trabalhadores moravam.

Para tanto, o visitante precisa passar por vários procedimentos, como medições constantes da radiação e a utilização de equipamentos de segurança, como capacete, óculos e máscara.

Caso um determinado nível de radiação seja atingido, os visitantes devem deixar o local imediatamente. Em seu tour, Hill relembra que "o nível de radiação no ambiente interno é mais de 100 vezes maior do que quase toda a Zona de Exclusão de Chernobyl".

Russos tomaram Chernobyl

Há alguns meses, o exército russo conseguiu tomar a região de Chernobyl, incluindo a usina nuclear. A invasão pôs a comunidade internacional em alerta, pois havia o receio de que a Rússia não permitiria o controle constante da planta nuclear, podendo causar novo desastre.

Porém, as tropas acabaram deixando a região, alegando envenenamento por radiação. A Ucrânia voltou a controlar a usina desde então. Ainda assim, durante a invasão, os níveis de radiação estiveram mais altos do que o normal.

Reator está sendo desmontado; previsão é que o processo leve décadas para ser terminado (Imagem: Reprodução/YouTube)


O que é e para que serve o "sarcófago" de Chernobyl

O Novo Confinamento Seguro (NSC em inglês) é uma grande estrutura, mais alta que a Estátua da Liberdade e enorme o bastante para cobrir o Coliseu de Roma, desenvolvido em 2016 (e inaugurado em 2019) para selar o reator 4, epicentro do desastre nuclear ocorrido em 1986.

A expectativa dos cientistas é que a estrutura aguente 100 anos.

Desmanche do reator 4

Atualmente, trabalhadores estão desmontando o que resta do reator, peça por peça, com grandes guindastes dentro do NSC. A estimativa é de haver ainda 200 toneladas de combustível radioativo dentro do que restou do reator, sendo que a limpeza total levará décadas.

Contudo, como era de se esperar, a invasão da Rússia atrapalhou essa limpeza, que regrediu bastante. Mesmo após a derrocada russa de Chernobyl, os trabalhadores e cientistas ainda não conseguiram normalizar os trabalhos, que estão distantes do normal.


Fonte: Olhar Digital

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