Número de casos de síndrome respiratória é o mais baixo desde o início da pandemia 

Por Trago Verdades em 16/09/2022 às 11:27:22

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O boletim Infogripe, divulgado na quinta-feira (15) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostrou uma redução significativa no nĂșmero de casos de SĂ­ndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas tendĂȘncias de longo e curto prazo. Segundo o prognóstico, o Brasil pode alcançar um patamar inferior ao observado no mĂȘs de abril de 2022, até então o mais baixo desde o inĂ­cio da pandemia de Covid-19.

A SRAG é uma complicação associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. Em 2020, a disseminação da Covid-19 chegou a responder por 97% dos casos de SRAG com resultado laboratorial positivo para algum vĂ­rus respiratório. Esse percentual atualmente é menor: em 2022, 79,3% das ocorrĂȘncias estão associadas à doença. No entanto, no recorte daqueles casos que evoluĂ­ram a óbito ao longo desse ano, 93,2% ainda estão relacionados com a Covid-19.

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A nova edição do Infogripe também traz apontamentos sobre o crescimento de casos de SRAG em crianças e adolescentes iniciado na virada de julho para agosto. Segundo os pesquisadores, dados laboratoriais sugerem que, nestes casos, a situação não estĂĄ associada com a Covid-19 e sim com o efeito de outros vĂ­rus respiratórios comuns ao ambiente escolar, possivelmente por conta da retomada das aulas após o perĂ­odo de férias.

O boletim indica que a curva de crescimento jĂĄ dĂĄ sinais de interrupção ou reversão para queda em diversos estados do paĂ­s. Considerando todo o ano de 2022, foram notificados 234.823 casos de SRAG. Desse total, 114.401 apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vĂ­rus respiratório.

Apesar do cenĂĄrio positivo, os pesquisadores da Fiocruz observam que um final de ano tranquilo ainda é incerto, jĂĄ que as viradas de 2020 para 2021 e de 2021 para 2022 foram marcadas por uma alta dos casos.

Segundo o coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, a ciĂȘncia ainda estĂĄ aprendendo sobre a covid-19 e a doença não mostrou até o momento um padrão claro de sazonalidade. Ele defende o monitoramento constante para a adoção das medidas necessĂĄrias caso se observe novamente um aumento relevante das ocorrĂȘncias.

O novo boletim reĂșne dados da semana epidemiológica que vai do dia 4 ao dia 10 de setembro. Ele traz indicativos para as próximas trĂȘs semanas (curto prazo) e para as próximas seis semanas (longo prazo). O levantamento leva em conta notificações registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de SaĂșde e alimentado por estados e municĂ­pios.

Via AgĂȘncia Brasil


Fonte: Olhar Digital

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