Entre os quatro candidatos à Presidência da República das eleições de 2022 mais pesquisados no Google, Jair Bolsonaro (PL) aparece na liderança. Contudo, quando o assunto é a despesa da campanha, o chefe do Executivo e candidato à reeleição é o que menos gasta recursos nessa lista. O primeiro colocado no quesito gastança é Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 100% financiado pelo Fundo Eleitoral — ou seja: pelo pagador de impostos.
Um levantamento feito pela Revista Oeste nos dados da Justiça Eleitoral, verificou os gastos e as fontes de receitas das campanhas na disputa pela Presidência da República. Lula já contratou quase R$ 52 milhões para usar e reservou R$ 88 milhões do Fundo Eleitoral para a disputa de 2022.
Simone Tebet (MDB) é a menos pesquisada no Google entre os quatro, apesar de ser a segunda colocada em gastos: R$ 33 milhões, praticamente. A campanha da emedebista é quase integralmente bancada pelo pagador de impostos. Do montante reservado para o custeio por ela, R$ 23 milhões vêm do Fundo Eleitoral, R$ 13 milhões do Fundo Partidário e apenas R$ 200 mil de recursos privados, doados pelo senador Tasso Jereissati (PSDB).
Ciro Gomes (PDT) é o terceiro que mais gastou: R$ 24 milhões. Para pagar a conta, ele também conta com o pagador de impostos, uma vez que reservou R$ 32 milhões do Fundo Eleitoral e R$ 97 mil de fontes privadas.
As big techs aparecem em posição de destaque entre os fornecedores nas eleições de 2022. Dessas empresas, o Facebook tem o maior faturamento com os candidatos até o momento: próximo de R$ 40 milhões. O segundo lugar é do Google: R$ 26 milhões, aproximadamente.
Lula também libera nos gastos com o Google: por volta de R$ 2 milhões. Simone Tebet gastou praticamente o mesmo valor com o Facebook, ficando no topo de despesas com a empresa de Mark Zuckerberg.
Simone lidera somando os custos declarados com as duas empresas (R$ 2,7 milhões). Lula é o segundo colocado, tendo apenas gastado com o Facebook. Ciro é o terceiro (R$ 1,4 milhão, juntando as companhias). Bolsonaro, novamente, teve o menor dispêndio: cerca de R$ 540 mil totalmente destinados ao Google.
Fonte: Revista Oeste