Após passar cerca de 300 dias acoplada à estação espacial Tiangong, a nave de carga Tianzhou 3 se desprendeu do laboratório orbital no último dia 16, sendo guiada para uma morte em chamas na atmosfera da Terra às 23h31 (horário de Brasília) de terça-feira (26), conforme nota oficial emitida pela Agência Espacial Tripulada da China (CMSA).
"A maioria dos componentes da espaçonave foi carbonizada e destruída, e uma pequena quantidade de detritos caiu nas águas seguras pré-determinadas do Pacífico Sul", diz o comunicado.
Lançado em setembro de 2021, no topo de um foguete Long March 7, a partir do Centro de Lançamento de Satélites Wenchang, localizado na província chinesa de Hainan, o cargueiro foi responsável por entregar em torno de seis toneladas de propelentes, artigos científicos e outros suprimentos à estação.
Essa missão fez parte do conjunto de lançamentos programados pela China para concluir a construção do laboratório em órbita, que deve ser finalizada ainda em 2022. Quando pronto, ele terá 20% da massa total da Estação Espacial Internacional (ISS), com uma vida útil estimada em 10 anos, que poderá ser estendida por mais cinco com upgrades futuros.
Em meados de outubro, a missão tripulada Shenzhou-15 levará à estação três astronautas (ou taikonautas, como são chamados os agentes espaciais chineses), que se juntarão à atual tripulação Shenzhou-14, de acordo com o Conselho de Estado da República Popular da China, sendo a primeira vez que o lugar terá lotação máxima.
Segundo o site de notícias China Military Online, isso acontecerá durante cinco a dez dias, até que a tripulação de Shenzhou-14 retorne à Terra, deixando os taikonautas da missão Shenzhou-15 completando a integração dos módulos de pesquisa Wentian e Mengtian.
Fonte: Olhar Digital