O ditador da Nicarágua, segue a velha máxima da cartilha esquerdista, no trato com os que discordam de suas práticas autoritárias: "Chame-os do que você é, acuse-os do que você faz."
A prática, é frequentemente adotada na América Latina, especialmente na Bolívia, Venezuela, Equador, Argentina, na Colômbia e também na Nicarágua, onde a perseguição aos cristãos tem sido mais ferrenha.
Em um discurso durante um evento público na quarta-feira 28, o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou que a Igreja Católica é uma "ditadura perfeita, uma tirania perfeita". "Quem elege os sacerdotes? Quem elege os cardeais? Quem elege o papa? É uma ditadura perfeita, uma tirania perfeita!" afirmou Ortega, cujo governo tem feito uma perseguição sistemática a cristãos.
Já houve prisões, fechamento de canais de televisão católicos, a expulsão de missionários e a perseguição a padres e bispos. Em março, a Nicarágua expulsou o embaixador do Vaticano.
O discurso de Ortega ocorre duas semanas depois de o papa Francisco ter afirmado que existe diálogo entre a igreja e o governo nicaraguense. Em 15 de setembro, o pontífice, ao voltar do Cazaquistão, foi questionado por jornalistas sobre a perseguição aos cristão. "Há um diálogo. Conversamos com o governo. Há um diálogo. Isso não significa que aprovamos tudo o que o governo faz. Ou que desaprovamos tudo", declarou.
As perseguições na Nicarágua se intensificaram a partir de 2018. Desde então, a Igreja Católica sofreu mais de 190 ataques no país, segundo relatório do Observatório Anticorrupção e Transparência encaminhado à Ajuda à Igreja que Sofre (ACN, na sigla em inglês).
No final de junho, dois canais de televisão católicos, Merced e Canal San José, foram retirados do ar. Outros já tinham sido bloqueados em maio. No fim de agosto, o regime prendeu o bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, e outras sete pessoas — quatro sacerdotes, dois seminaristas e um funcionário da diocese.
*Com informações da Revista Oeste
Revista Oeste