PGR quer prisão domiciliar de homem que ameaçou ministros do STF e Lula

Também foi solicitado que Ivan Rejane seja bloqueado de canais digitais e proibido de usar as redes sociais, de dar entrevistas e de proferir discursos de ódio a agentes políticos

Por Trago Verdades em 31/07/2022 às 19:16:19

Reprodução / Youtube @Tv Papo Reto

Vice-procuradora-geral da RepĂșblica, Lindôra AraĂșjo pediu ao Supremo Tribunal Federal neste domingo, 31, que seja colocado em prisão domiciliar o homem detido no Ășltimo dia 22 de julho por publicar vĂ­deos em que ameaça "invadir" e "destituir" a corte mĂĄxima, "pendurar os ministros de cabeça para baixo" e caçar polĂ­ticos de esquerda, entre eles o ex-presidente Luis InĂĄcio Lula da Silva (PT). A prisão preventiva (sem data para acabar) de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, autointitulado "Terapeuta Papo Reto", jĂĄ havia sido requerida pela PolĂ­cia Federal. Lindôra, que é braço-direito do procurador-geral da RepĂșblica Augusto Aras, pontuou que, "não obstante a gravidade das condutas perpetradas" por Ivan Rejane, "medidas cautelares diversas da prisão preventiva são suficientes para impedir a reiteração delitiva e assegurar a eficĂĄcia da investigação".

Além da prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico, a vice-PGR pede que sejam determinados: o bloqueio de canais digitais e de grupos no Instagram e no Whatsapp administrados pelo perfil do investigado; a proibição de uso das redes sociais e de quaisquer canais digitais; a vedação de concessão de entrevistas; a proibição de criação de listas de transmissão por aplicativos; e a proibição de proferir discursos de ódio e de grave ameaça a Ministros do STF e a agentes polĂ­ticos, por qualquer meio, especialmente via rede social, plataforma ou aplicativo. A PolĂ­cia Federal havia solicitado a prisão preventiva de Ivan Rejane sob o argumento de que o "método" usado pelo investigado "tem a capacidade concreta de atrair a adesão de outras pessoas para sua empreitada delitiva e risco de ocorrĂȘncia de prĂĄtica de ações violentas em perĂ­odo pré-eleitoral, além da potencialidade de prosseguimento na prĂĄtica delitiva".

A corporação argumentou ao ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, que a anĂĄlise dos materiais apreendidos durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão contra o "Terapeuta Papo Reto" identificou que ele "participa de grupos nos aplicativos Instagram e Whatsapp, por meio de listas de transmissão, interagindo com apoiadores por mensagens". Segundo os investigadores, as interações se dão com a "intenção de potencializar o compartilhamento dos vĂ­deos, imagens e textos produzidos, na maioria das vezes, com conteĂșdo criminoso, proferindo ofensas, intimidações, ameaças e imputando fatos criminosos a ministros do STF e integrantes de partidos polĂ­ticos à esquerda do espectro ideológico".

*Com informações do Estadão ConteĂșdo.

Fonte: Jovem Pan

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