A Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) reafirmou nesta segunda-feira, 1Âș, seu pedido para que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquive o inquérito que apura um possĂvel vazamento de informações sigilosas da PolĂcia Federal cometido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Em seu parecer, a vice-procuradora-geral Lindôra AraĂșjo nega que Augusto Aras, o comandante da PGR tenha atuado de maneira irregular e que seu pedido para que as investigações fossem encerradas foi baseado sem "qualquer desiderato [desejo] de prejudicar ou beneficiar determinadas pessoas".
Lindôra também acusou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, de violar o sistema processual acusatório após a PGR, em fevereiro, solicitar o arquivamento do caso e o magistrado solicitar à PF um relatório sobre o material obtido nas quebras de sigilo. Para a vice-procuradora, a decisão do ministro deveria ser revogada ou ter sido levada a plenĂĄrio. "Assim, na prĂĄtica, o eminente Relator adentrou nas funções precĂpuas e exclusivas do Ministério PĂșblico, o que é vedado pelo sistema constitucional brasileiro, de maneira a inquinar a sua decisão de nulidade", argumentou.
A ação da PGR refere-se a um compartilhamento de informações realizado pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto de 2021, onde o mandatĂĄrio publicou nas suas redes sociais a Ăntegra de um inquérito da PolĂcia Federal sobre um suposto ataque ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral. À época, a Procuradoria-Geral da RepĂșblica manifestou-se de maneira contrĂĄria a abertura do inquérito contra o presidente.
Fonte: Jovem Pan