O Reino Unido estĂĄ em busca de um local para despejar lixo e resĂduos da usina nuclear em Cumbria, no norte da Inglaterra, e um dos locais considerados pelo governo para realizar o descarte é no fundo do oceano.
Entretanto, especialistas afirmam que enterrar esse tipo de material tóxico pode devastar a vida marinha em um curto prazo, além de provocar uma catĂĄstrofe ambiental ainda mais séria para gerações futuras, segundo o The Guardian publicou.
Essa situação ganhou notoriedade porque as autoridades britânicas realizariam no Ășltimo sĂĄbado (30) testes sĂsmicos -explosões no fundo do oceano com armas de fogo de alta potĂȘncia – para determinar se uma região em alto mar é suficientemente segura para o descarte.
Entretanto, ativistas e especialistas se manifestaram e alegaram que esse tipo de teste prejudica a vida marinha, pois perturba o acasalamento de mamĂferos, como os golfinhos e as baleias, que são animais com padrões comunicativos especĂficos.
Em 2012, o Peru realizou uma rodada de testes sĂsmicos que resultou na morte de aproximadamente 800 golfinhos. Além da vida marinha, os cientistas alertam que o comportamento dos resĂduos nucleares não é tão previsĂvel, portanto, não se sabe o que acontecerĂĄ a longo prazo.
Diante da repercussão dentro da comunidade cientĂfica, a Grã-Bretanha afirmou à imprensa que busca uma "solução permanente", que mantenha esse tipo de resĂduo radioativo seguro ao longo dos anos.
O paĂs detém a maior reserva de lixo tóxico não tratado do mundo. Dentre os 750 mil metros cĂșbicos de resĂduo, 110 toneladas são de plutônio, elemento que pode trazer consequĂȘncias nocivas à saĂșde caso seja ingerido ou inalado.
Fonte: Olhar Digital