Na noite deste domingo, 23, faltando uma semana para o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, o presidente e candidato a reeleição Jair Bolsonaro (PL) participou de uma sabatina na Record TV para expôr suas propostas e ideias. O programa inicialmente era um Debate, mas o candidato Luis Inácio Lula da Silva (PT) declinou do convite. A primeira pergunta feita a Bolsonaro foi sobre o assunto do dia: a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson após receber policiais federais com tiros e granadas em sua casa. O presidente ressaltou que não é amigo de Jefferson. "Quando soubemos, entramos em contato com o ministro da Justiça para que ele acompanhasse o caso. Eu disse pra ele "o tratamento para o Sr. Roberto Jefferson é de bandido. Porque quem atira na Polícia é bandido". Obviamente tem gente que quer tirar proveito disso. Disseram que ele coordena minha campanha, mas ele não coordena. Nós não somos amigos", disse. Perguntado se, em caso de vitória, como lidaria com opositores e eleitores que não o escolheram, ele respondeu: "Como foi meu comportamento diante de governadores e prefeitos na pandemia? Enviamos recursos para todos eles, independente da filiação partidária. Tratamos todo mundo com igualdade, você não vê nas minorias qualquer descriminação da nossa parte. A violência a mão armada diminuiu. Todo mundo foi beneficiado com isso. Nossa política é tratar todo mundo com igualdade, não dividimos nossa população de nós contra eles (petistas). Nós nunca tivemos nenhuma palavra para separar nossa população, nós unimos o povo", explicou.
Durante a entrevista, Bolsonaro comentou sobre aumento no salário mínimo no próximo mandato. "Eu peguei o Brasil com sérios problemas éticos, morais e econômicos. Veio uma pandemia, crise hídrica e guerra. Nós arrumamos a economia. O ministro Paulo Guedes declarou que daremos um aumento acima da inflação nos salários e para os aposentados, pensionistas, policiais, etc. Eu confio no Guedes. Se ele falou isso agora ele tem meios e sabe como botar em prática", esclareceu. Questionado sobre Sergio Moro e uma possível nova vaga em seu governo, em algum ministério, o presidente negou convites. "Ele vai assumir o Senado e vai ter uma participação independente e vai seguir nossas pautas. Restabelecemos a amizade e o passado ficou pra trás. Tenho certeza que conviveremos muito bem, em caso de reeleição". No fim de sua apresentação, Bolsonaro ainda comentou a decisão do TSE sobre fake news e censura de alguns veículos, como a Jovem Pan. "Há dois anos lancei o slogan "Deus, Pátria, Família e Liberdade". Agora tomaram conhecimento de que a nossa liberdade está em risco. O processo que foi ajuizado lá foi assinado pelo PT, eles estão dando uma pequena demonstração do que seria um governo na censura da mídia. Lamentável a decisão do TSE, mas mais lamentável ainda o PT que provocou essa censura", finalizou.
Fonte: Jovem Pan