Coreias trocam tiros e tensão cresce na fronteira

Embarcação norte-coreana teria invadido limite entre os dois países

Por Trago Verdades em 24/10/2022 às 09:22:16

Foto: Reprodução/YouTube

As Forças Armadas da Coreia do Sul dispararam tiros de advertência a um navio da Coreia do Norte nesta segunda-feira, 24, depois de considerar que a embarcação havia atravessado a fronteira marítima entre os países. O governo norte-coreano revidou os disparos. A tensão entre as Coreias tem se intensificado nas últimas semanas.

De acordo com um comunicado do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, um navio comercial norte-coreano teria cruzado a chamada linha limítrofe norte, perto da Ilha de Baengnyeong, às 3h42 (17h42 de Brasília, no domingo), mas recuou depois dos disparos da Marinha de Seul.

Segundo o comunicado, "as provocações contínuas e afirmações imprudentes do Norte minam a paz e a estabilidade na península da Coreia e na comunidade internacional".

Já o Exército da Coreia do Norte acusou um navio militar sul-coreano de "invadir" a fronteira poucos minutos depois, o que motivou dez disparos de advertência em resposta. Um porta-voz do Estado-Maior norte-coreano afirmou que "unidades de defesa adotaram uma contramedida inicial para expulsar à força o navio de guerra do inimigo ao disparar dez projéteis de lança-foguetes múltiplos em direção às águas territoriais onde foi detectado o movimento naval inimigo".

A fronteira marítima entre as duas Coreias não foi estabelecida pelo armistício de 1953, que acabou com a Guerra da Coreia. A área é considerada um ponto de conflito e foi cenário de vários confrontos ao longo dos anos.

As tensões aumentaram nas últimas semanas com vários lançamentos de mísseis e disparos de artilharia por parte da Coreia do Norte, considerados uma provocação pela Coreia do Sul e pelo Japão.

A Coreia do Sul e os Estados Unidos afirmam que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, está próximo de executar o sétimo teste nuclear do país. Kim declarou em setembro que seu país é uma potência nuclear "irreversível", o que prejudica qualquer negociação sobre o abandono das armas nucleares pela Coreia do Norte.

Fonte: Revista Oeste

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