O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exonerou o servidor público Alexandre Gomes Machado, então assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria Geral da Presidência, responsável pelo recebimento e disponibilização de propagandas eleitorais no sistema eletrônico do Tribunal Eleitoral. Em depoimento à Polícia Federal, ele alega ter sido demitido "sem que houvesse nenhum motivo aparente", após tomar conhecimento sobre suposto erro nas inserções da propaganda eleitoral em uma rádio. "O declarante, na condição de coordenador do pool de emissoras do TSE, recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line na qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato Jair Bolsonaro", diz o depoimento. A campanha do presidente Jair Bolsonaro denuncia fraudes nas inserções de rádios do Norte e Nordeste. A demissão foi publicada nesta quarta-feira, 26, no Diário Oficial da União. Ele será substituído por André Barbosa dos Santos, que anteriormente ocupava o cargo na Coordenadoria de Audiovisual, da Secretaria de Comunicação e Multimídia, da Secretaria Geral da Presidência.
"Estão tentando criar uma cortina de fumaça"
Segundo matéria da CNNBrasil, o servidor disse em entrevista àquele veículo, que "estão tentando criar uma cortina de fumaça" sobre a exoneração ocorrida horas após a campanha do candidato Jair Bolsonaro (PL) protocolar uma petição para sustentar a denúncia de que há discrepâncias entre as inserções publicitárias das duas campanhas.
Ele exercia o cargo de coordenador do pool de emissoras e era o responsável pelo recebimento dos arquivos com as peças publicitárias e da disponibilização no sistema eletrônico do TSE, para que sejam baixadas pelas emissoras de rádio e TV.
"Eu não fiz nada de errado e fui exonerado sem saber o motivo e sem nenhum tipo de conversa", explica o ex-servidor.