Nesta quinta-feira, 27, o programa Pânico recebeu o ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten, um dos coordenadores da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. Na entrevista, ele deu detalhes sobre o processo adotado pelos aliados no caso da denúncia sobre as inserções em rádios do Norte e Nordeste. "De todo modo, a campanha recorrerá dentro dos meios cabÃveis. Entendo que houve uma confusão em diversas etapas do processo e continua confuso. Confundiram meios de transmissão, credibilidade da empresa fiscalizadora, Confundiram filmes do primeiro turno com o segundo turno para tentar descredibilizar o trabalho das duas empresas de auditoria. A gente quer uma condição igualitária dentro do processo democrático. A gente não aceitará uma situação desigual. Esse é o pleito da ação proposta no TSE, infelizmente não foi dado seguimento à ação", explicou. Wajngarten rebateu comentários que acusam ele e o ministro Fábio Faria de tentarem tumultuar as eleições. Na noite da quarta-feira, 26, ao indeferir o pedido da campanha para investigar a denúncia, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pediu que o Procurador-Geral Eleitoral investigasse eventual cometimento de crime eleitoral. "Eu entendo que é um tema complexo, técnico. Como advogado, fico bastante preocupado com uma decisão desse tipo. De todo modo houve uma sucessão de equÃvocos. Muito se falou que o ministro Faria e eu estava no intuito de tumultuar, de forma alguma, fizemos de forma cautelosa, profissional e técnica. Esta metodologia de auditoria de mÃdia é comum no ecossistema do mercado publicitário", acrescentou Wajngarten.
O coordenador de comunicação da campanha de Bolsonaro esclareceu a problemática das inserções e afirmou ter experiência prévia na área de auditoria publicitária. "Aqui vale uma explicação completa do que se falou ontem. As duas campanhas enviam dois arquivos diariamente. Um dos arquivos é o plano de mÃdia, que diz qual filme, qual mensagem, qual faixa horária será veiculado aquele spot. A gente tem limite de horário para mandar isso diariamente ao TSE. A gente recebe do TSE comprovantes de entrega dos arquivos enviados. A campanha do presidente está de posse de todos os arquivos. Pelo que a lei rege, em caso de não envio a rádio tem que veicular o último mapa disponÃvel no TSE", contou. "Atuo no mercado publicitário há 22 anos na parte de auditoria de mÃdia para televisão, a gente nunca atuou na rádio, mas a metodologia é a mesma. Somos referência na auditoria de mÃdia. Nunca trabalhei para governo, mas quando surgiu esse tema eu mergulhei de cabeça e descobri o que de fato estava ocorrendo. Somos pioneiro na métrica de auditoria de mÃdia, atendemos as áreas de operações de várias emissoras", concluiu.
Fonte: Jovem Pan