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Série

Filha de ex-presidente da FIFA em série, Polliana Aleixo fala de parceria com ator português Albano Jerónimo

Atriz brasileira gravou no Uruguai a segunda temporada de "El Presidente - Jogo da Corrupção"; ela deu detalhes da experiência e falou dos desafios de crescer em frente às câmeras


Divulgação/Pupin+Deleu

A estreia de Polliana Aleixo como atriz aconteceu quando a artista tinha apenas 11 anos, no especial "O Segredo da Princesa Lili". Dali para a frente, ela emendou novelas como "A Vida da Gente", "Cheias de Charme" e "Em Família", todas da Globo, e foi crescendo diante do público. Aos 26 anos, Polliana se prepara para fazer sua estreia em uma série internacional. Na segunda temporada de "El Presidente – Jogo da Corrupção", da Amazon Prime Video, ela dá vida a Victoria Havelange, filha única do ex-presidente da FIFA João Havelange – interpretado pelo ator português Albano Jerónimo. Durante as gravações, que aconteceram no Uruguai há um ano, ela se aproximou não só do seu parceiro de cena como também de Francisca, mulher de Albano. Em entrevista à Jovem Pan, ela não poupou elogios ao ator e contou como surgiu essa amizade com Francisca. "Quando não estava gravando, nós geralmente saíamos juntas para comer ou passear", comentou. A nova temporada da série estreia no próximo dia 4 de novembro e, na visão da atriz, a trama tem tudo para cair no gosto do público, principalmente pelo fato de ser ano de Copa do Mundo. "Vivi esse projeto até a máxima potência, aproveitando para absorver e aprender tudo que podia. Tenho certeza que é uma experiência que me marcou para a vida."

Crescer em frente às câmeras não foi um desafio para Polliana que, desde pequena, já tinha convicção de que queria ser atriz. "A carreira de um artista pode ter muitos rumos e isso é o que mais amo na minha profissão, as possibilidades. Eu não sinto que perdi nada nesse tempo, começar cedo me fez entender cedo o que queria e o que era inegociável para mim", comentou a atriz, que acredita que encontrou um equilíbrio entre a fama e sua vida privada. Sempre longe de polêmicas, Polliana acredita que não teve a vida pessoal especulada como a de outras atrizes-mirins, pois sempre escutou seu coração e nunca seu ego. "Existem muitas possibilidades dentro da minha profissão e aprendi que o que me preenchia era fazer algo por mim, pela arte, porque me emociona e não porque aquilo me tornaria famosa." Antes da estreia de "El Presidente", a atriz já pode ser vista em outro streaming. Na Netflix, ela integra o elenco de "Esposa de Aluguel", comédia romântica com Caio Castro e Thati Lopes. "O streaming tem ampliado muito as oportunidades para artistas brasileiros e de outras nacionalidades, e isso é muito positivo", pontuou Polliana, que passou a ser conhecida por um novo público que não acompanha novela.

Confira a entrevista completa com Polliana Aleixo

Polliana, as gravações de "El Presidente" foram concluídas há um ano. Como está sua expectativa para a estreia desta segunda temporada? O que pode adiantar para a Jovem Pan? Nunca fiquei tão ansiosa para uma estreia em mais de 15 anos de trabalho, não sei se pelo tempo de espera, pelo formato de gravação que tornou tudo mais intenso, com elenco e equipe morando quatro meses no Uruguai juntos, ou se pela história em si que é empolgante, mas estou, literalmente, contando os dias. A série está linda, muito dinâmica e, na amostra que fizemos no Festival do Rio, assistimos aos 2 primeiros episódios, e eu, que já sei a história toda, fiquei doida para continuar assistindo os outros episódios. Tenho certeza que cairá na graça do público, ainda mais se tratando de ano de Copa.

Na trama, você tem uma ligação direta com o protagonista. Pode contar um pouco de como foi sua troca com o ator Albano Jerónimo? E fora das câmeras, como surgiu a amizade com a mulher dele, Francisca? Moramos por quatro meses no Uruguai e, nesse tempo, eles tiveram a Helena. A Francisca já estava no final da gestação quando foram para lá. Quando não estava gravando, nós geralmente saíamos juntas para comer ou passear. O Albano é, sem dúvida, um dos atores mais impressionantes com quem trabalhei, ele é visceral, intenso e atua com o coração, mas sem deixar a técnica e o estudo de lado. Fora tudo que ele tem para entregar como ator, o Albano é um ser humano incrível, leve, engraçado, e a Francisca foi um presente enorme nesse processo, eles são uma família especial. A Francisca é uma das pessoas de fora que mais falo, meu irmão se mudou para Portugal há pouco tempo, que é de onde eles são, e ela está sendo super solícita desde o primeiro momento, ajudando em várias coisas. Sou grata demais pelas pessoas que meu trabalho traz.

A produção também conta com outros brasileiros, Maria Fernanda Cândido e Du Moscovis. Como é para você estar em uma grande produção que mescla talentos brasileiros com de outras nacionalidades? Abriu muito meus horizontes, e como Einstein disse: "A mente que se abre a uma ideia jamais voltará ao seu tamanho original". Eu sinto que vivi esse projeto até a máxima potência, aproveitando para absorver e aprender tudo que podia. Troquei muito com cada ator, aprendi mais sobre o mercado mundo afora, fiz contato e fui dirigida por pessoas que nunca imaginei. É difícil colocar em palavras, mas tenho certeza que é uma experiência que me marcou para a vida. Fora o fato de me sentir, cada vez mais, segura para trabalhar em outras línguas.

Você já é uma veterana das novelas, mas agora está estreando em streamings globais como Amazon Prime Video e Netflix. Isso é mais intimidador? Sinceramente? Não. Me sentia mais intimidada quando eu era criança e estava começando, onde era tudo novo, desconhecido, acho até empolgante. Eu não sou uma pessoa de criar expectativas, gosto de descobrir ao longo do processo e é isso que tenho feito com minha ida para o streaming. Com as novelas, sempre atingi um público mais velho, era reconhecida pelas mães, tias e avós na casa dos meus amigos. Com o streaming, percebo que estou chegando num público mais jovem, como a neta de uma amiga da minha mãe que foi falar para ela que era minha fã. É um público novo, mas não acho intimidador, só tem mais novidades, mais lugares para se desbravar.

Por falar em novela, você começou sua carreira cedo, ainda na infância. Você imaginava que aos 26 anos estaria em uma produção internacional? É desafiador ser artista no Brasil? Eu sempre quis me desafiar, mas confesso que não esperava essa oportunidade tão cedo. O streaming tem ampliado muito as oportunidades para artistas brasileiros e de outras nacionalidades, e isso é muito positivo. Sobre ser artista no Brasil, eu hoje me encontro numa posição que sei que é de privilégio, mas se tem algo que daria para mencionar como um desafio, principalmente no começo, é que nem sempre é uma profissão estável em matéria de oportunidades. Tem uma frase que também define muito bem sua segunda pergunta: "As pessoas sempre mencionam o quanto é difícil ser artista, mas ninguém imagina o quanto é difícil para o artista não ser artista".

E como foi para você crescer em frente às câmeras? É fácil para uma criança balancear os bônus e os ônus que envolvem uma carreira artística? A carreira de um artista pode ter muitos rumos e isso é o que mais amo na minha profissão, as possibilidades. Eu não sinto que perdi nada nesse tempo, começar cedo me fez entender cedo o que queria e o que era inegociável para mim e, hoje, acho que consegui um equilíbrio entre ter uma carreira e espaço para falar disso e outros assuntos relevantes e, ainda assim, ter minha vida particular e privacidade.

Muitas atrizes que começaram na infância tiveram na adolescência a vida pessoal muito especulada, principalmente na questão de relacionamentos. Como trabalhou para preservar sua vida pessoal enquanto crescia aos olhos do público? Escutei meu coração, nunca meu ego. Como disse, existem muitas possibilidades dentro da minha profissão e aprendi que o que me preenchia era fazer algo por mim, pela arte, porque me emociona, e não porque aquilo me tornaria famosa. Na verdade, isso é apenas uma consequência – e muito subjetiva – hoje em dia do trabalho de qualquer artista, seja ator, pintor, escultor. Buscar a validação na essência da gente e não fora da gente.

Com a experiência em novelas e em projetos no streaming, quais são seus próximos planos para a carreira? Começo o ano que vem gravando uma nova série e, ainda no primeiro semestre de 2023, lançarei um filme e outra série, estou bem empolgada, mas ainda não posso dar detalhes.

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