Trajetória de Bolsonaro no segundo turno teve apoio de governantes estaduais, artistas e atletas

Presidente tentou manter tom moderado, mas enfrentou desigualdade nas inserções de comerciais expondo falha no processo conduzido pelo TSE

Por Trago Verdades em 30/10/2022 às 13:23:25

JORGE PRADO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O segundo turno começou com Jair Bolsonaro (PL) pedindo aos eleitores que mantivessem o foco e recebendo apoiadores no PalĂĄcio do Planalto. O presidente mostrou uma versão mais ponderada de si, reconhecendo que, em alguns momentos, falou demais e pedindo desculpas inclusive. Os primeiros dias foram, praticamente, em BrasĂ­lia e destinados à construção de apoios. Declararam voto no presidente prefeitos e governadores, como Ratinho Junior do ParanĂĄ, Claudio Castro do Rio de Janeiro, Ronaldo Caiado de GoiĂĄs e Romeu Zema de Minas Gerais, todos reeleitos no primeiro turno. Além dos estados onde a disputa ainda estĂĄ aberta, como Santa Catarina, com Jorginho Melo, São Paulo com TarcĂ­sio Gomes de Freitas, Carlos Manato no EspĂ­rito Santo e Onyx Lorenzoni no Rio Grande do Sul. A primeira-dama Michelle Bolsonaro e parlamentares mulheres se reuniram na busca pelo voto feminino. Cantores sertanejos como Leonardo, Chitãozinho, Zezé de Camargo, Gusttavo Lima, entre outros, também declararam apoio ao atual mandatĂĄrio. A calmaria durou pouco na campanha de Bolsonaro. Alguns dias após o inĂ­cio do segundo turno, o presidente deixou o tom moderado falando do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. As crĂ­ticas ao TSE seguiram. Em comĂ­cio, Bolsonaro voltou a questionar as urnas eletrônicas, chamando apoiadores para que permaneçam próximo aos locais de votação após depositarem o voto nas urnas. Falas sobre economia, enaltecendo a queda dos preços dos combustĂ­veis, da inflação, o AuxĂ­lio Brasil também foram destaque. Na reta final, uma superlive, que durou 22 horas, reuniu apoiadores como o jogador Neymar e artistas como Gusttavo Lima. Bolsonaro voltou ao Nordeste em campanha, tentando se redimir com a população depois de ter ligado o bom desempenho de Luiz InĂĄcio Lula da Silva na região ao analfabetismo. O presidente disse que, na verdade, muitos desconhecem o que o governo dele fez pela região. Foram vĂĄrias idas a Minas Gerais, na Ășltima, na quarta-feira, 26, em meio a questionamento sobre um suposto boicote de rĂĄdios a sua campanha, Bolsonaro criticou o PT e o TSE. Tendo acionado o Tribunal Superior Eleitoral, foi acusado por Alexandre de Moraes de tumultuar o final da campanha. Bolsonaro voltou a reagir: "Da nossa parte, nós iremos às Ășltimas consequĂȘncias, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer valer aquilo que as nossas auditorias constataram, um enorme desequilĂ­brio no tocante às inserções. Isso, obviamente, interfere na quantidade de votos no final da linha".


Com informações da Jovem Pan

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