Composição ministerial do governo Lula pode ter nomes próximos ao petista;

Petista prometeu ampliar o número de pastas como forma de acomodar aliados históricos e os de ocasião

Por Trago Verdades em 31/10/2022 às 20:33:27

Reprodução/YouTube

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu o segundo turno das eleições contra Jair Bolsonaro (PL) no último domingo, 31, deverá organizar nas próximas semanas como será a composição de seu novo governo que se inicia no dia 1º de janeiro. Durante a campanha, o petista evitou dar nomes de integrantes do seu eventual novo governo, mas a partir desta segunda-feira, 31, ao ser nomeado próximo chefe do Executivo federal, a expectativa é de que as negociações comessem. O ex-metalúrgico, inclusive, já havia prometido, em falas realizadas aos apoiadores durante suas agendas, que aumentaria o número de pastas e que realizaria um desmembramento no "superministério" da Economia. Caso cumpra com seu comprometimento, Lula terá ministros da Previdência Social, da Segurança Pública, da Pesca, do Desenvolvimento Agrário, da Pequena e Média Empresa, das Mulheres, da Cultura, dos Povos Originários, da Indústria e da Igualdade Racial, além dos cargos já existentes na Esplanada. A equipe de reportagem da Jovem Pan entrou realizou um levantamento com os principais nomes e entrou em contato com os possíveis ministros que poderão chefiar as pastas à partir de janeiro do próximo ano.

Mesmo após abrigar apoios das mais diversas alas ideológicas e com a promessa de que deseja realizar um governo amplo, Lula deverá contar com uma base de apoio de confiança entre os ministros, com nomes que já caminham com o petista desde antes da concretização de sua vitória. Após não obterem êxito nas eleições aos cargos de governador de São Paulo e senador pela mesma região, Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB) são nomes que encontram-se com o "caminho livre" para comandar as pastas ministeriais. Haddad, por sua vez, já tem experiência no cargo por ter sido ministro da Educação de 2005 a 2012, durante os governos petista de Lula e Dilma Rousseff (PT), e há a chance de que o petista exerça a mesma função de outrora ou ocupe um vaga em um ministério da área econômica. Entre os nomes que conseguiram se eleger e que podem ser nomeados como ministros pelo presidente eleito, estão: deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), que foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais durante o segundo governo Lula e a pasta da Saúde para sua sucessora; deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que foi Ministra-Chefe da Casa Civil entre 2011 e 2014, é cotada para reassumir o cargo; Wellington Dias (PT-PI), ex-governador do Piauí e senador eleito, está no radar do petista e pode ser nomeado para comandar uma pasta da área econômica ou de articulação política; Flávio Dino (PSB-MA), senador eleito e postulante ao cargo de ministro da Justiça ou Segurança Pública, já teve um "chamado público" por Lula durante agenda após o ex-metalúrgico dizer que o ex-governador conquistaria a cadeira no Senado, mas não seria congressista por muito tempo "porque vai ter muita tarefa nesse país"; Jaques Wagner (PT-BA), senador com mandato até fevereiro de 2027, também é tido como nome forte para comandar um ministério econômico; Reginaldo Lopes (PT-MG), atualmente líder do PT na Câmara, concorre ao cargo de ministro da Educação; Simone Tebet (MDB), terceira presidenciável mais votada no primeiro turno das eleições gerais, segue como uma aposta para integrar o governo na área da Educação ou da Agricultura após seu forte apoio à candidatura petista no segundo turno; Henrique Meirelles (União Brasil), que foi presidente do Banco Central nos governos Lula e comandou a Fazenda na gestão Michel Temer, é o principal nome do mercado financeiro para chefiar a pasta da Economia. Procurado pela Jovem Pan, porém, o ex-presidenciável afirmou que não houve convite por parte do petistas "até agora".

Fonte: Jovem Pan

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