Forças Armadas inspecionam código-fonte de urna eletrônica no TSE

Partidos políticos também podem verificar os códigos

Por Trago Verdades em 03/08/2022 às 18:27:40

Divulgação TSE

Técnicos das Forças Armadas foram hoje (3) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em BrasĂ­lia, para inspecionar os códigos-fonte da urna eletrônica e dos sistemas eletrônicos de votação, informou a assessoria da Corte.

Pelo cronograma de trabalho, pela manhã foram feitas reuniões explicativas com técnicos da Justiça Eleitoral, e, hoje à tarde, os códigos-fonte começam a ser inspecionados numa sala instalada pelo TSE em sua sede especificamente para este fim.

Código-fonte é um conjunto de comandos e instruções, escritos em linguagem para computadores, que integram um programa capaz de acionar o funcionamento de equipamentos eletrônicos.

A inspeção dos códigos-fonte das eleições por integrantes das Forças Armadas ocorre após o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ter enviado na segunda-feira (1Âș) um ofĂ­cio ao TSE pedindo acesso "urgentĂ­ssimo" aos dados.

Em resposta, o TSE informou que o acesso a todos os códigos-fonte utilizados nas Eleições 2022 estão disponĂ­veis desde outubro do ano passado para as entidades fiscalizadoras do processo eleitoral, incluindo as Forças Armadas.

A inspeção jĂĄ foi realizada, por exemplo, pela Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério PĂșblico Federal (MPF) e Senado. A PolĂ­cia Federal (PF) marcou para realizar o procedimento entre os dias 22 e 28 deste mĂȘs.

Partidos polĂ­ticos

Todos os partidos polĂ­ticos também podem inspecionar os códigos. Até o momento, se interessaram pelo procedimento as siglas PV, PL e PTB, embora somente esta Ășltima tenha de fato conduzido uma inspeção, informou o TSE.

Desde as eleições municipais de 2020, o TSE vem ampliando o rol de entidades que podem ter acesso livre aos códigos-fonte do sistema eletrônico de votação, desenvolvidos por programadores da própria Justiça Eleitoral.

Além de órgãos oficiais, a lista inclui, entre outros, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os departamentos de tecnologia de instituições acadĂȘmicas. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizou a inspeção em março.

Além disso, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a PolĂ­cia Federal participam de um projeto-piloto que permite acesso remoto aos códigos.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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