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Mourão condena guerra na Ucrânia e afirma que Brasil não adota neutralidade


O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) participou de uma série de reuniões da Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul nesta quinta-feira, 21, nos Estados Unidos e, no local, falou sobre o posicionamento do Brasil em relação à guerra na Ucrânia. O general condenou o conflito e argumentou que o governo brasileiro não adota uma postura neutra – o que contraria às falas do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Nós temos interesses tanto com a Ucrânia como com a Rússia, é uma questão de pragmatismo”, explicou. O militar também opinou que as sanções aplicadas à Rússia não surtiram o efeito necessário e que a situação atual causa dano a ambos os países. “Acho que é mais importante do que nunca que a gente use os instrumentos da diplomacia no sentido de parar essa guerra”, declarou.

A fala do general vai de encontro às recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a guerra. Na última quarta-feira, o mandatário evitou tomar partido e alegou estar “do lado da paz”. “Se eu tivesse como resolver a guerra, já teria resolvido”, resumiu. Em outras oportunidades, o chefe do Executivo federal manteve o posicionamento. Em 04 de março, durante evento de início do novo contrato das Rodovias Presidente Dutra e Rio-Santos, em São José dos Campos (SP), Bolsonaro defendeu um “equilíbrio” e a “isenção” ao comentar sobre o conflito. “O Brasil não mergulhará em uma aventura”, alegou.

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