PF deverá ouvir Marcos Cintra por ordem de Moraes; no Brasil atual, nada pode ser questionado

Após censurar o economista no Twitter, ministro disse que Contra "utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o TSE"

Por Trago Verdades em 06/11/2022 às 20:17:24

Montagem Fotos: Wilson Dias/Agência Brasil e Antonio Augusto/Secon/TSE

O ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal (PF) ouça o professor Marcos Cintra após questionar as urnas eletrônicas. Vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas, Cintra teve sua conta no Twitter retida neste domingo, 6, após uma série de questionamentos sobre o processo eleitoral. O ministro proibiu o professor de publicar, promover, replicar e compartilhar ataques e notícias falsas sobre o processo eleitoral brasileiro, sob pena de multa diária de R$ 20 mil em caso não cumpra a determinação. Cintra foi candidato a vice na chapa de Soraya Thronicke na disputa presidencial nas eleições 2022. Moraes disse em sua decisão que o economista "utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais". Segundo o magistrado, os questionamentos impõe a adoção de "medidas que restrinjam a divulgação de conteúdo falso – eminentemente antidemocrático –, em evidente violação à liberdade de expressão".

Marcos Cintra fez uma série de questionamentos sobre as urnas no Twitter no sábado, 5, dizendo que as dúvidas sobre o sistema eleitoral são legítimas. "Há outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis. Curiosamente, não há uma única urna em todo o país onde Bolsonaro tenha 100% dos votos", escreveu o ex-secretário da Receita. "Se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema", escreveu o professor. Após a confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), apoiadores do atual mandatário questionaram a lisura do sistema eleitoral e realizaram diversas manifestações pelo país.

Fonte: Jovem Pan

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