O otimismo com vendas no final de 2022 é crescente por causa da Copa do Mundo, que, pela primeira vez, ocorrerá em novembro, e não no meio do ano. A movimentação do comércio deve ser ampliada ainda pela proximidade do evento esportivo com duas das datas comemorativas mais importantes do setor, o Natal e a Black Friday. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) revela que a expectativa está na casa de R$ 1,48 bilhão em vendas relacionadas diretamente à Copa do Mundo, que terá o pontapé inicial no 20 de novembro com a partida inaugural entre Catar e Equador. O percentual é de 7,9% acima do volume registrado na Copa passada, que movimentou R$ 1,37 bilhão. Os setores que mais devem lucrar são os de móveis e eletrodomésticos, com R$ 535,5 milhões, seguidos por eletroeletrônicos e artigos pessoais, com R$ 332,6 milhões.
O economista da CNC Fábio Bentes destaca que uma junção de fatores favorece o comércio neste final de ano. "É o período de maior aquecimento para o comércio. Ele coincide com alguns fatores, com a principal data comemorativa do comércio, que é o Natal, com a data comemorativa que mais cresce no varejo ao longo da última década, que é a Black Friday, neste final de ano, especificamente, nós vamos ter Copa do Mundo, que vai movimentar o comércio. Temos a chegada do 5G, que, de alguma forma, já está chamando a atenção de consumidores, por exemplo, para troca de aparelho celular. E nós temos aí o 13º salário, a segunda parcela dele pelo menos, que tem todo ano, mas esse ano deve vir um pouco mais turbinada por conta do aumento do nível de emprego. O emprego tem subido, a inflação tem desacelerando. Então, o varejo tem bons motivos para acreditar em um final de ano positivo. Pelo menos um final de ano tão diferente quanto aqueles de 2020 e 2021, quando ainda lutava para se recuperar das perdas provocadas pela pandemia", analisou.
A autônoma Flávia Rodrigues já está empolgada para torcer pela Seleção Canarinho e aproveitou para adiantar as compras de Natal: "Já vim procurar artigos para a Copa e também já vim aproveitar para o Natal, já vamos levar as duas coisas, mas a expectativa tá a mil, já estamos super-ansiosos por isso". O empresário Pierre Sferk, que tem uma loja na região central da capital paulista, comenta o que espera do período: "Está uma loucura. Graças a Deus, desde setembro já estamos "vendendo Copa do Mundo" direto, sem parar. Todo dia tem gente comprando, se preparando para o dia 20 de novembro ( ) Nesse período, na Copa do Mundo, a gente trabalha há muitos anos com esse artigo da Copa no mês de junho. Normalmente, em junho, aumenta de 30% a 40% o faturamento do mês. E como, desta vez, será em novembro, nós estamos apostando de 20% a 30% de aumento de venda no período".
Jovem Pan