O futuro das contas públicas do Brasil vai depender dos feitos acertos feitos neste momento de transição entre governos. O economista André Perfeito ressalta que são esperadas mudanças em pontos estruturais: "O governo vai mudar a orientação de várias polÃticas. Tem algumas coisas que devem continuar, a questão dos R$ 600 deve-se manter. Tem uma discussão fiscal para ser feita. O que chama mais atenção é entender como o governo do presidente Lula vai encaminhar discussões não só do campo fiscal, mas também Petrobras, como ele vai organizar isso ou não, o uso do BNDES, como vai ser feito ou não o uso do BNDES, e as demais polÃticas microeconômicas do Brasil". O economista lembra que Estados Unidos e Europa devem enfrentar recessão em 2023. Em relação ao Brasil, ele avalia que ajustes feitos da economia agora vão garantir algum pequeno crescimento. "No curto prazo, sem dúvida nenhuma, a gente ainda está em um momento de sinal de crescimento. Mas dada uma base ainda frágil, por conta da pandemia, que está subindo, e é verdade, está subindo mesmo, melhorando os indicadores da economia. O Brasil fez alguns ajustes antes dos outros, isso mostrou uma sabedoria da autoridade monetária muito importante, a gente está com uma situação bem diferente do resto do mundo e, por incrÃvel que pareça, por mais que exista receio de recessão nos Estados Unidos, eu não vejo isso [para o Brasil]. Eu acho que, no ano que vem, algum crescimento a gente deve ter, não vai ser muito forte, a verdade é essa, mas algum crescimento a gente deve continuar tendo ao longo do ano que vem", opina. Perfeito torce para um cenário polÃtico em favor das reformas estruturais, como a tributária. Ele ainda destaca que o governo Lula não fará privatizações, mas que precisará caminhar ao centro.
Jovem Pan