China, Taiwan e Estados Unidos estão vivendo momentos de tensão nesta semana, o que preocupa o mundo inteiro devido a potência econômica e militar das duas maiores nações envolvidas. O problema foi iniciado com uma visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos à ilha de Taiwan.
Acontece que a China não considera Taiwan um país independente. Na verdade, o governo chinês vê a ilha com mais de 24 milhões de habitantes como parte de seu território e a visita de Pelosi é um claro sinal de apoio às forças separatistas que apoiam a independência de Taiwan.
Nancy Pelosi, um dos principais nomes da política dos Estados Unidos, é uma assídua crítica do governo da China, especialmente quando se trata dos direitos humanos, o que torna sua visita ainda mais provocativa.
Joe Biden, presidente dos EUA, chegou a afirmar que os militares norte-americanos não viam a viagem com bons olhos. A China chegou a afirmar que estaria pronta para responder a visita da política.
"O Exército de Libertação do Povo Chinês (EPL) está em alerta máximo e lançará uma série de ações militares seletivas para (?) defender a soberania nacional e a integridade territorial e frustrar a interferência externa e as tentativas separatistas de "independência de Taiwan'", afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa, em um comunicado.
Nesta quinta-feira (4), a China realizou o maior teste com munição real já feito próximo a Taiwan, uma clara resposta à viagem de Pelosi. O governo de Taiwan confirmou a ação e disse que ainda que navios da marinha chinesa e aeronaves militares chegaram a cruzar, por alguns instantes, a linha mediana do Estreito de Taiwan, marcação que separa os dois países.
Após a ação, a Marinha dos Estados Unidos informou que seu porta-aviões USS Ronald Reagan está realizando operações programadas no Mar das Filipinas, no Pacífico Ocidental, um trecho de 5,7 milhões de quilômetros quadrados de oceano que inclui águas sudeste de Taiwan.
Nomeado em homenagem ao presidente Ronald W. Reagan, o porta-aviões dos EUA possui cerca de 332 metros de comprimento e é equipado com um sistema de armas de defesa pontual para detectar e destruir mísseis de curto alcance e aeronaves inimigas que penetraram as defesas externas.
O porta-aviões também possui um RIM-116 Rolling Airframe Missile, um míssil terra-ar pequeno, leve e infravermelho. Além de RIM-162 Evolved SeaSparrow Missile, um tipo de míssil utilizado para proteger navios de mísseis e aeronaves de ataque.
Apesar de extremamente moderno, o USSRonald Reagan não é o porta-aviões mais tecnológico da Marinha norte-americana. Este posto pertence ao USS Gerald R. Ford (CVN 78).
E, caso necessário, o Estados Unidos possui outro porta-aviões ancorado no Japão, o USS America (LHA-6), que pode ser deslocado para o Estreito de Taiwan.
Fonte: Olhar Digital