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PEC Kamikaze

"Querem explodir o teto de gastos", afirma deputado do PL sobre PEC da Transição

O parlamentar Altineu Côrtes (PL) criticou a proposta entregue pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e deu detalhes da repercussão entre os líderes de bancadas na Câmara


Reprodução/Instagram

Nesta quarta-feira, 16, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) entregou o texto da PEC da Transição ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PL), e ao relator-geral do orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB). Entre os principais pontos da proposta está a retirada dos valores destinados a programas sociais do teto de gastos. Para comentar a repercussão do documento entre os parlamentares, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado Altineu Côrtes (PL). O parlamentar criticou a mudança de postura da bancada de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que era contra o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 e agora apoia um furo bilionário no teto de gastos: "Você imagina aqueles empresários que já tinham dentro do seu planejamento e investimentos no Brasil, o receio que esses empresários estão hoje. Vai todo mundo puxar o freio e isso vai começar a gerar desemprego porque a insegurança fiscal gera medo e desemprego. O PL é a favor de pagar o Auxílio Brasil de R$ 600, está dentro do orçamento esse espaço para pagar o Auxílio Brasil de R$ 600. E também tratar do ajuste do salário mínimo, e só, dentro do orçamento e sem PEC. Se fosse proposto isso pelo presidente Bolsonaro eles iriam nos apedrejar. E agora eles querem realmente explodir o teto, acabar com o teto de gastos".

"Eu pedi para levantar frases de deputados e senadores a poucos meses atrás quando foi aprovado o aumento de R$ 400 para R$ 600 reais do Auxílio Brasil. E eles falaram horrores. Falavam da responsabilidade fiscal, que iríamos furar o teto. E agora eles mudam o discurso querendo aprovar R$ 200 bilhões, abrindo uma porteira em universidades e projetos socioambientais. Eles estão aproveitando para passar um monte de coisa e isso traz uma tremenda insegurança", analisou. Para Côrtes era possível conseguir aumentar o salário mínimo e manter o valor do Auxílio Brasil sem promover um gasto tão alto acima do teto. O deputado citou a proposta de dar um valor adicional de R$ 150 reais aos beneficiários do auxílio que têm crianças de até 6 anos como um dos excessos da PEC: "Eu já ouvi de gente falando: "Olha Altineu, às vezes é difícil da gente contratar uma pessoa para trabalhar aqui e ganhar R$ 1.500?. Porque a gente ouve que a pessoa recebe R$ 600 de auxílio e então fica em casa. Por que vai sair de casa para trabalhar 24 dias e receber R$ 1.500? Fica em casa e faz um bico. Imagina se a gente aumentar isso nessa proporção. Isso precisa ser bem pensado, precisa ser estudado. Esse assunto de pagar R$ 150 reais por criança, eu sou sempre favorável a ajudar, mas tem um outro lado".

O parlamentar também fez críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, por não ter feito com que o Auxílio Brasil tivesse o valor de R$ 600 desde o começo: "Acho que o nosso esforço é trabalhar dentro do orçamento. Se fosse necessária a PEC, que fosse exatamente para esse restante dessa despesa, de aumentar para R$ 600 e o reajuste do salário mínimo. O que eu fico estarrecido é com a mudança de comportamento de pessoas que hoje defendem aumentar R$ 200 bilhões em despesa. Como os investidores estão vendo isso no Brasil? Uma virada de chave dessa, a insegurança que vai trazer ao mercado. Eu entendo e sou super favorável, sempre fui, da gente dar a mão àquele que mais precisa. Eu defendi o auxílio de R$ 600 a mais tempo. O Paulo Guedes errou, fora as besteiras que ele falou no final da eleição, o que nos prejudicou muito, ele errou porque a gente devia ter começado a pagar o auxílio de R$ 600 antes, o povo estava precisando disso". Côrtes também adiantou que a repercussão da PEC da Transição entre os líderes de bancada foi ruim e que seu partido ainda vai se reunir para discutir a questão.

"É uma repercussão muito ruim. É um discurso completamente diferente 90 dias depois. Quando agente falava isso, a gente estava na batalha para aprovar os R$ 600, o quanto nós fomos criticados. Usaram o microfone, desligaram a sessão. Tivemos que chamar a Polícia Federal porque houve suspeita de fraude na sessão para aprovar os R$ 600. Fizeram de tudo para que não fosse aprovado os R$ 600. E agora eles falam com a maior tranquilidade nesse gasto bilionário. A bolsa despencando, assusta o investidor e vai causar desemprego. A gente sabe que o Brasil nunca teve números tão bons de desemprego e crescimento. Temos R$ 1 trilhão mapeado de investimento no Brasil. O que esse pessoal vai fazer? Esse pessoal vai puxar o freio e nós vamos começar a entrar em uma rota ruim, em função de um atendimento que eles querem fazer para se popularizar no início de governo. O pano de fundo é esse. Estão querendo dar tudo e sem pensar na responsabilidade fiscal e sem tocar naquilo que eles eram absolutamente contra", declarou.

Jovem Pan

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