Ex-ministro de Lula, Romero Jucá é alvo de operação da PF por recebimento de propina

Polícia Federal investiga corrupção e fraudes em convênios do Programa Calha Norte em Roraima; ao todo, 22 mandados de busca e apreensão são cumpridos em três Estados

Por Trago Verdades em 23/11/2022 às 12:59:20

Foto: Renato Araújo/Agência Brasil

O ex-senador Romero JucĂĄ (MDB) é um dos alvos da operação Imhotep, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 23 pela PolĂ­cia Federal junto com a Controladoria Geral da União (CGU). Agentes federais cumprem 22 22 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ÂȘ Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima, nos estados do Roraima, São Paulo e Distrito Federal. A ação investiga esquema de corrupção e fraudes em convĂȘnios do Programa Calha Norte com municĂ­pios roraimenses, incluindo a capital, Boa Vista, entre 2012 e 2017. O inquérito que deu origem à operação foi instaurado após o Tribunal de Contas da União (TCU) identificar as maiores recebedoras de recursos do Programa Calha Norte em Roraima. As investigações apontam indĂ­cios de que uma "organização criminosa que fraudaria procedimentos para celebração de convĂȘnios com prefeituras".

O esquema envolvia o pagamento de propinas de trĂȘs empresas de engenharia para servidores pĂșblicos envolvidos nas fraudes e ao ex-senador, que também foi ministro da PrevidĂȘncia Social no governo Lula. De acordo com a PF, o ex-parlamentar recebia os recursos por meio de familiares e empresas de que são sócios. A corporação aponta indĂ­cios de que Romero JucĂĄ interferia em assuntos relacionados a convĂȘnios que houvessem aplicação de verbas federais viabilizadas por ele, citando evidĂȘncias do "travamento de pagamentos de verbas oriundas de emendas parlamentares de sua autoria caso não houvesse o pagamento de propinas". As empresas são suspeitas de executar mais de R$ 500 milhões em convĂȘnios durante cinco anos, sendo que ao menos R$ 15 milhões teriam sido pagos em propina. A investigação apura crime de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A soma das penas para estes crimes pode ultrapassar 35 anos de reclusão.

Fonte: Jovem Pan

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