O empresário João Amoêdo anunciou sua desfiliação do Partido Novo, legenda que ajudou a criar, nesta sexta-feira, 25. Ele fez críticas à atual gestão da sigla e disse que o partido que ajudou a fundar em 2011 não existe mais. No texto de despedida, o político afirmou que o Novo foi sendo desfigurado ao longo dos últimos 33 meses, se distanciando da concepção original. Ele disse ainda que o partido descumpre seu próprio estatuto e que, atualmente, estimula ações contra a democracia. De acordo com o ex-banqueiro, seria incoerente permanecer numa legenda que não o representa. Amoêdo passou a ser alvo de críticas de integrantes do Novo após ter anunciado apoio a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno eleitoral de 2022. Apesar de ter se declarado contrário a Lula e ao PT, o partido liberou os filiados a escolher em quem votar. Em outubro, durante a corrida eleitoral, Amoêdo fez um discurso no qual expressou preocupação com declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL), principalmente em relação ao Supremo Tribunal Federal. Pouco depois, o partido determinou a suspensão do político e disse que a declaração dele constrangia a legenda. Na época, o partido destacou que Amoêdo não fazia parte do corpo diretor desde março de 2020. João Amoêdo chegou a disputar a Presidência da República pelo Novo em 2018. Ao anunciar a desfiliação, o político agradeceu a aqueles que "ajudaram a transformar em realidade o que parecia impossível".
É inaceitável o NOVO liderar o pedido de CPI contra o STF e o TSE nesse momento
Uma ação que tem como objetivo incentivar a manutenção de manifestações golpistas e tumultuar a democracia.
O partido descumpre seu estatuto e se distancia ainda mais dos princípios da sua fundaçao.
— João Amoêdo (@joaodamoedo) November 24, 2022
Esse NOVO, definitivamente, não me representa.
Neste cenário, seria incoerente permanecer em um partido com o qual tenho diferenças de visão, de propósito e de conduta. (7/8)
— João Amoêdo (@joaodamoedo) November 25, 2022
Fonte: Jovem Pan