Chave para edição de DNA massiva pode ter sido encontrada

Um estudo realizado pelo MIT conseguiu desenvolver uma técnica capaz de editar o DNA de forma mais segura, eficiente e em grandes quantidades

Por Trago Verdades em 05/12/2022 às 08:31:24

Uma estudo conseguiu desenvolver uma nova técnica de edição de CRISPR (sigla em inglĂȘs para Conjunto de Repetições Palindrômicas Curtas Regularmente Espaçadas) que permite editar grandes quantidades de DNA de forma segura, eficiente e de uma vez só. A pesquisa foi produzida por pesquisadores do MIT (Instituto de Pesquisa de Massachusetts) dos Estados Unidos. Ele poderĂĄ contribuir no tratamento de inĂșmeras doenças genéticas, substituindo as sequĂȘncias genéticas responsĂĄveis por ela.

A técnica, chamada de PASTE (sigla em inglĂȘs para Adição ProgramĂĄvel por meio de Elementos de Direcionamento EspecĂ­ficos do Local) pode ser aplicada em diversas células humanas. Os testes realizados em laboratório conseguiram inserir 13 genes diferentes em 9 lugares do genoma, com taxa de sucesso de 60%. Entretanto, em camundongos com fĂ­gados humanizados, o resultado não foi tão promissor. Mesmo as células do órgão dos animais modificados sendo 70% compatĂ­veis com a humanas, a eficiĂȘncia da técnica foi de apenas 2,5%.

Como funciona a técnica PASTE

O método editor de DNA consiste em enviar uma enzima Cas9, capaz de cortar as cadeias de polinucleotĂ­deos, ao gene problemĂĄtico e substituĂ­-lo por um novo. Para retirar o gene correto, a enzima é guiada por uma sequĂȘncia de RNA. A PASTE é revolucionĂĄria porque corta as fitas do DNA separadamente ao invés de cortĂĄ-las ao mesmo tempo, como nos trabalhos anteriores. A técnica antiga podia rearranjar os genes de forma não desejada.

A pesquisa vai ajudar a tratar doenças como a fibrose cĂ­stica e doença de Huntington que possuem tratamento mais difĂ­cil. Outras doenças sanguĂ­neas também poderão ser combatidas com a técnica, como a hemofilia e a deficiĂȘncia de G6PD.

A pesquisa e os métodos utilizados para edição do DNA foram abertos pelos autores para que outros cientistas consigam usa-las. "É fantĂĄstico pensar que outras pessoas podem desenvolver e aplicar essas tecnologias moleculares de maneiras que talvez não tenhamos considerado. É muito bom fazer parte dessa comunidade emergente", disse Jonathan Gootenberg, membro do MIT envolvido no trabalho, em comunicado.


Fonte: Olhar Digital

Comunicar erro

ComentĂĄrios