Pedro Castillo, presidente do Peru aliado de Lula, tenta golpe, mas acaba deposto e preso; A vice-presidente Dina Boluarte assumiu o cargo

Político era um dos convidados para a posse do petista; o Congresso peruano informou que "ninguém deve obediência a um governo usurpador, nem àqueles que assumem funções públicas em violação da Constituição e das leis"

Por Trago Verdades em 07/12/2022 às 19:06:00

Acusado pela oposição no Congresso de promover um golpe de Estado, o presidente do Peru, Pedro Castillo, disse em novembro que foi convidado diretamente pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para comparecer à posse do petista.

Por ocasião do resultado divulgado pelo TSE dando vitória ao petista, Pedro Castillo parabenizou Lula pela vitória no segundo turno eleitoral no Brasil. O então Presidente peruano, afirmou que a eleição de Lula serviria para "fortalecer a unidade da América Latina".


Na tarde desta quarta-feira, 7, Castillo dissolveu o Congresso, decretou um "governo de exceção" e convocou novas eleições. Pouco depois, os parlamentares aprovaram o impeachment do presidente peruano. Foram 101 votos em favor da deposição. A medida ocorre depois de o político de esquerda anunciar, entre outras coisas, que iria dissolver o Legislativo, instituir um "governo de exceção", convocar novas eleições e mudar a Constituição do país. Opositores classificam a ação como golpe de Estado.


No início deste mês, os parlamentares aprovaram a discussão do impeachment de Castillo, alegando que ele não tem capacidade moral para exercer o cargo. A acusação já causou a deposição de dois ex-presidentes desde 2018.

Foram 101 votos a favor do impeachment. Trata-se da terceira tentativa de deposição em 16 meses, que já estava prevista para ocorrer hoje — antes mesmo do anúncio de Castillo.

Em publicação no Twitter, o Congresso informou que "ninguém deve obediência a um governo usurpador, nem àqueles que assumem funções públicas em violação da Constituição e das leis".

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr"><a href="https://twitter.com/hashtag/CongresoInforma?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#CongresoInforma</a> l Ante la decisión de cerrar inconstitucionalmente el Congreso por parte del presidente Pedro Castillo, se informa a la ciudadanía lo siguiente. <a href="https://t.co/OzEqMpXqlB">pic.twitter.com/OzEqMpXqlB</a></p>&mdash; Congreso del Perú ???????? (@congresoperu) <a href="https://twitter.com/congresoperu/status/1600554796523700254?ref_src=twsrc%5Etfw">December 7, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Pedro Castillo, foi preso na tarde desta quarta-feira, 7, depois de anunciar que iria dissolver o Congresso Nacional, instituir um "governo de exceção", convocar novas eleições e mudar a Constituição do país. Opositores classificam a ação como golpe.

O jornal La Republica informou que Castillo foi levado por policiais até uma delegacia em Lima, capital do país.

A vice-presidente do Peru, Dina Boluarte, tomou posse como nova presidente do país na tarde nesta quarta-feira, 7. Ela assumiu o cargo depois que o Congresso aprovou o impeachment do então chefe do Executivo, Pedro Castillo.

Na cerimônia, Dina jurou a Constituição e recebeu a faixa presidencial. A nova presidente afirmou que houve, de fato, uma tentativa de golpe de Estado por parte de Castillo. Ela pediu união entre os peruanos e ressaltou a importância do diálogo para governar o país.


Com informações da Revista Oeste

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