A China está passando por uma onda de protestos contra a estratégia Covid zero, que resulta em bloqueios contínuos para tentar impedir a propagação do vírus na região. Os manifestantes estão recorrendo a VPNs para poder acessar o Twitter e o Telegram e publicar informações sobre os protestos na China.
Porém, as informações publicadas na plataforma de Elon Musk foram inibidas por uma grande onda de pornografia. Alex Stamos do Stanford Internet Observatory, aponta que mais de 95% dos tweets sob o termo de pesquisa de Pequim são de contas de spam, com mais de 70% das contas apenas começando a twittar nesses volumes recentemente.
Baseados nisto, três legisladores democratas na Câmara estão exigindo que Elon Musk explique essa "campanha de manipulação de plataforma". Em carta ao CEO do Twitter, os representantes Raja Krishnamoorthi, Adam Schiff e Jackie Speier escreveram que têm "profunda preocupação" com a recente campanha de spam que abafou os tweets sobre os protestos.
"Para garantir que os Estados Unidos estejam preparados para combater, frustrar e impedir ameaças de influência estrangeira online, é fundamental que entendamos a extensão da potencial manipulação do Twitter pela RPC (República Popular da China) e identifiquemos como as mudanças recentes no Twitter estão afetando a ameaça de estrangeiros em influenciar as operações nas mídias sociais", escreveram.
Os legisladores também querem saber mais sobre as mudanças feitas por Elon Musk no Twitter. Eles exigem que o empresário explique o que significa a "ênfase na liberdade de expressão" e se a rede social possui a capacidade de identificar campanhas de manipulação.
Musk ainda não se pronunciou sobre o tema, mas a carta prevê o prazo de 31 de dezembro para uma resposta.
Na época em que o problema foi divulgado, um funcionário do Twitter relatou que a empresa está ciente da situação, mesmo não se manifestando publicamente, e que estava trabalhando para corrigir este problema.
Fonte: Olhar Digital