"Nada está perdido: ponto final somente com a morte" Bolsonaro quebra o silêncio e conversa com apoiadores

"Tudo dará certo no momento oportuno", disse o Presidente

Por Trago Verdades em 09/12/2022 às 18:04:21

Reprodução Redes Sociais

Nesta sexta-feira, 9, o presidente Jair Bolsonaro (PL) encontrou com apoiadores pela primeira vez após as eleições de 2022, que deram a vitória a seu opositor, Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT). Desde a divulgação do resultado, ele realizou poucas presenças pĂșblicas e deixou de lado suas tradicionais lives nas redes sociais, focando exclusivamente em eventos oficiais. Foram 40 dias de reclusão para o pĂșblico, apesar do atual presidente ter continuado a trabalhar de forma interna. No gramado próximo ao PalĂĄcio Alvorada, em BrasĂ­lia, Bolsonaro ouviu manifestantes que demonstraram apoio ao polĂ­tico e entoaram gritos. "Devo lealdade a todos os brasileiros. Ao longo de quatro anos, nós despertamos o patriotismo no Brasil. O povo voltou a admirar a sua bandeira. O povo voltou a acreditar que o Brasil tem jeito. Não é fĂĄcil vocĂȘ enfrentar todo o sistema. A missão de cada um de nós não é criticar, é unir. Muitas vezes, vocĂȘs tĂȘm informações que não procedem. Pelo cansaço, pela angĂșstia, pelo momento, passam a criticar. Tenho certeza, entre as minhas funções garantidas pela Constituição, é ser o Chefe Supremo das Forças Armadas. As Forças Armadas são essenciais em qualquer paĂ­s do mundo. Sempre disse, ao longo destes quatro anos, que as Forças Armadas são o Ășltimo obstĂĄculo para o socialismo. As Forças Armadas, tenho certeza, estão unidas. As Forças Armadas devem, assim como eu, lealdade ao nosso povo, respeito à Constituição e são um dos grandes responsĂĄveis pela nossa liberdade", discursou. Bolsonaro acrescentou que decisões que passam pela sociedade são difĂ­ceis e por isso devem ser bem trabalhadas. "Se algo der errado porque eu perdi a minha liderança, eu me responsabilizo pelos meus erros. Mas peço a vocĂȘs, não critiquem sem ter certeza absoluta do que estĂĄ acontecendo", acrescentou.

O presidente ainda apontou que ele, assim como seus apoiadores, luta por liberdade, inclusive de quem o critica. Bolsonaro defendeu que o Brasil precisa que as leis sejam efetivamente cumpridas, além de pedir que os apoiadores respeitem a liberdade de expressão de opositores. "Quem decide meu futuro, para onde eu vou são vocĂȘs. Quem decide para onde vai as Forças Armadas são vocĂȘs. Quem decide para onde vai a Câmara e o Senado são vocĂȘs também. Se temos crĂ­ticas, erramos. Não tivemos o devido cuidado de escolher a pessoa certa. Mas as coisas vão mudando", opinou. Bolsonaro avaliou que o Brasil estĂĄ vivendo um momento de provação, mas que é sempre tempo para acordar, ainda que seja difĂ­cil. "Não é "eu autorizo" não. É o que eu posso fazer pela minha pĂĄtria. Não adianta jogar a responsabilidade para uma pessoa só não, eu sou como vocĂȘs", brandou. Ele relembrou a facada sofrida durante a campanha presidencial de 2018 e alegou que corre risco de vida o tempo todo. Bolsonaro ainda agradeceu o apoio recebido e disse nunca ter visto manifestações pedindo para um presidente ficar. "Nada estĂĄ perdido. Ponto final somente com a morte. Nós nunca saĂ­mos das quatro linhas da Constituição e acredito que a vitória serĂĄ dessa maneira", declarou. Ele finalizou afirmando que a sociedade tem o poder de mudar o futuro da nação e pedindo mais união e menos crĂ­ticas. Nos Ășltimos quarenta dias, Bolsonaro restringiu suas aparições pĂșblicas a uma solenidade do Exército, uma cerimônia das Forças Armadas, ao lado da esposa Michelle, e a posse de novos ministros indicados ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Nas redes sociais, apoiadores do parlamentar se mostravam apreensivos com seu silĂȘncio, ainda mais pelo fato de estarem realizando diversos atos e manifestações questionando o resultado das urnas. Bolsonaro chegou a ingressar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de anulação de parte das urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das eleições presidenciais, mas optou por ser manter recluso na vida pĂșblica.


Fonte: Jovem Pan

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