O chão já tremeu no nosso país, tanto de leve quanto forte. Mas terremotos no Brasil raramente são intensos porque, para a nossa sorte, moramos no centro de uma placa tectônica: a Sul-Americana.
Os terremotos acontecem, principalmente, porque as placas tectônicas se mexem – e se trombam. Nesse movimento, os tremores se espalham por elas. E os mais intensos ficam nas suas bordas. Por isso, o Brasil está numa área considerada segura.
Então tem terremotos no Brasil?
Tecnicamente, sim. Mas são tremores que abalam a superfície terrestre de leve. No geral, o fenômeno pode ser causado por: vulcanismo, movimentação das placas tectônicas e falhas geológicas.
Pelo país ficar no centro de uma placa, a causa mais frequente dos terremotos são falhas geológicas (quebras das placas). Só que rolam tremores por outros motivos também.
O chão brasileiro pode tremer, também, pelo desgaste das placas tectônicas. Mas calma: esse tremor é imperceptível por nós, meros mortais. Só sismógrafos captam esse tipo de vibração.
Outro motivo pelo qual a superfície do nosso país pode tremer é o choque das placas tectônicas. Nesse caso, o terremoto tem um epicentro. E as vibrações se propagam a partir dele.
Por que eles não são intensos aqui?
Porque o Brasil está longe das bordas da placa tectônica Sul-Americana. O país fica no centro dela. Ou seja, por mais que ela se movimente, isso não gera tremores intensos por aqui.
Além das falhas geológicas serem a causa mais comum de terremotos no país, eles ocorrem com mais frequência na região Nordeste – principalmente, no Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Isso acontece por conta da geologia da região. Traduzindo: a movimentação interna da Terra é mais intensa por lá, região onde há várias falhas geológicas. Essa combinação faz a terra tremer. Mas de leve.
Quais foram os piores?
Entre os terremotos já registrados no Brasil, dá para apontar sete como os piores:
- Serra do Trombador, no Mato Grosso (1955): 6,6º na escala de Richter, sem danos a pessoas ou cidades;
- Vitória, no Espírito Santo (1955): 6,3º, prédios e casas balançaram, mas ninguém morreu nem ficou ferido;
- Pacajus, no Ceará (1980): 5,2º, deu para sentir os tremores na região metropolitana de Fortaleza e na capital;
- João Câmara, no Rio Grande do Norte (1986): 5,1º, com danos a casas;
- Divisa entre Acre e Amazonas (2007): 6,1º, deu pra sentir o tremor em regiões próximas, mas não causou danos;
- Itacarambi, em Minas Gerais (2007): 4,9º, uma criança morreu e outras seis pessoas se feriram;
- São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro (2008): 5,2º, deu pra senti-lo em diversas regiões nos estados, mas não causou danos.
Olhar Digital