O ex-jogador e técnico Sinisa Mihajlovic, um dos maiores ídolos do futebol da Sérvia, morreu nesta sexta-feira, 16, em um hospital em Roma, na Itália, aos 53 anos, em decorrência de uma leucemia diagnosticada em 2019. "A esposa Arianna, com seus filhos Viktorija, Virginia, Miroslav, Dusan e Nikolas, sua neta Violante, sua mãe Viktorija e seu irmão Drazen, com dor, comunicam a injusta e prematura morte de seu exemplar marido, pai, filho e irmão Sinisa Mihajlovic", disse a família em comunicado divulgado pela agência italiana de notícias Ansa. "Um homem único, um profissional extraordinário e bondoso com todo mundo, que lutou valentemente contra uma doença horrível. Agradecemos aos médicos e enfermeiras que o acompanharam ao longo dos anos, com carinho e respeito. Sinisa sempre estará conosco. Vivo, com todo o amor que nos deu", acrescenta a nota. Como jogador, Mihajlovic defendeu Roma, Lazio, Inter de Milão, Sampdoria e Estrela Vermelha – onde venceu a Liga dos Campeões da Europa em 1991. Reconhecido como exímio batedor de falta, é um dos grandes ídolos da Lazio. O presidente do clube, Claudio Lotito, emitiu um comunicado lamentando a morte de Sinisa, a quem chamou de "um grande homem da Lazio". "Vamos lembrá-lo como ele merece, com o abraço infinito de sua equipe e de seu povo", disse. A Fifa também se pronunciou sobre a morte do ex-jogador. "Estou profundamente triste. Em campo, as suas cobranças de falta expressavam uma paixão e dedicação pela beleza do jogo que marcaram o mundo do esporte e sua morte é uma grande perda para todos nós", disse Gianni Infantino. Em 2019, Mihajlovic anunciou em uma entrevista coletiva que sofria de leucemia. Ele a superou no mesmo ano, mas a doença voltou em 2022, fazendo com que o sérvio fosse submetido a um novo tratamento médico. No momento, Mihajlovic treinava o Bologna, da Itália, e precisou se afastar.
Ele havia assumido o comando da equipe em janeiro de 2019. Foi sua segunda passagem como técnico do Bologna, clube pelo qual fez sua estreia como treinador, na temporada 2008-2009. Nas redes sociais, a equipe fez uma homenagem. "Adeus Mister, você viverá para sempre em nossos corações". No banco de reservas, Sinisa também trabalhou na Itália em Catania, Fiorentina, Sampdoria, Milan e Torino, e em Portugal no Sporting. Em 2012 e 2013, esteve à frente da seleção da Sérvia. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, manifestou condolências após a morte do sérvio. "Você lutou como um leão no campo e na vida. Você foi um exemplo e deu coragem a muitos que estão enfrentando doenças. Você foi descrito como um sargento de ferro, você demonstrou que tem um grande coração. Você é e sempre será um vencedor. Adeus Sinisa Mihajlovic", escreveu no Twitter. A Série A italiana também homenageou Mihajlovic, definindo-o como "um ícone do futebol e da vida". "Sua classe pura como jogador e treinador, sua força e sua humanidade são um exemplo que deixa uma marca indelével no futebol italiano e mundial", disse em comunicado a entidade que organiza a primeira divisão italiana.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan