A Uber vendeu a sua divisão de carros autônomos em 2020 para cortar gastos e agora aposta as suas fichas em outra ideia que pode gerar polêmica. A empresa planeja construir a sua própria frota de robôs inteligentes para entregas.
A princípio, a novidade será testada no distrito de Dadeland, em Miami, Flórida. O programa piloto será expandido ao longo de 2023 para outras cidades.
"Miami é um mercado próspero do Uber Eats. Estamos entusiasmados em trazer a seus residentes um pouco mais da "magia" da entrega com robôs", disse Noah Zych, chefe global de entregas da Uber em um comunicado à imprensa divulgado nesta quinta-feira (15).
"Juntos, temos a oportunidade de reduzir o congestionamento do tráfego, ajudar os comerciantes locais e levar aos consumidores entregas sem emissões", acrescentou o CEO da Cartken, Christian Bersch.
Vale ressaltar que os mesmos robôs já são um sucesso em outros setores, como nas universidades americanas, por exemplo. Como se trata da Uber, a iniciativa pode mudar profundamente o ramo de entregas nos próximos anos, além de gerar problemas trabalhistas com os colaboradores cadastrados no serviço.
Considerando os desafios logísticos que virão pela frente, pode ser que o programe também não vingue, destaca o The Byte, o que pode adiar o projeto da empresa.
Apesar de incomum por aqui, a Uber não é a primeira a apostar no uso de tecnologia para alavancar as entregas. As gigantes do varejo Walmart e Amazon também estão de olho nisso.
No caso da segunda, o robô Scout ainda não entregará pacotes para ninguém. A Amazon encerrou os testes de campo para a máquina experimental e vai "reorientar" o programa.
No fim, é mais um sinal de alerta de que as grandes corporações já procuram hoje por maneiras de diminuir sua dependência de mão de obra humana no futuro.
Fonte: Olhar Digital