PF prende PM e mais três suspeitos de organizar atos que contestam resultado das eleições em Rondônia

O Ministério Público alega que o grupo teria formado uma associação criminosa para constranger e coagir a população a aderir ao movimento; no entanto, as manifestações têm ocorrido sem uma liderança centralizada

Por Trago Verdades em 17/12/2022 às 17:03:22

IGOR DO VALE/ESTADÃO CONTEÚDO

Neste sĂĄbado, 17, a PolĂ­cia Federal (PF) e o Ministério PĂșblico de Rondônia realizaram uma investigação contra um grupo acusado de associação criminosa, constrangimento ilegal e coação durante as manifestações que contestam as eleições presidenciais de 2022. Quatro pessoas foram presas, incluindo um policial militar da reserva, em Colorado do Oeste, municĂ­pio do Estado de Rondônia. Os detidos foram levados para a delegacia da PolĂ­cia Federal em Ji ParanĂĄ. Eles serão ouvidos e encaminhados para as unidades prisionais correspondentes, onde permanecerão à disposição da Justiça. Se condenados, eles podem cumprir até 16 anos de prisão. Segundo informações do Ministério PĂșblico, o grupo composto por empresĂĄrios e produtores rurais seriam os lĂ­deres da manifestação realizada na comarca por grupo de pessoas inconformadas com o resultado da eleição nacional e teriam constrangido e coagido ilegalmente diversos comerciantes, caminhoneiros e autônomos. Além disso, a associação teria impedido pessoas de exercer o direito de ir e vir e obrigado alguns a aderir o movimento. "Foram relatadas diversas situações de pessoas obrigadas a fechar o comércio como forma de apoio à manifestação e pessoas que não puderam abastecer seus veĂ­culos livremente, vez que o grupo impediu a passagem de caminhões tanques na cidade, assim como chegou a limitar a quantidade de combustĂ­vel a ser abastecido por pessoa. No curso da apuração, foi constatado que comerciantes foram obrigados a demonstrar apoio à manifestação. Também se evidenciou que pessoas tiveram seus caminhões retidos na manifestação, em alguns casos, por vĂĄrios dias. Outros cidadãos chegaram a ser alertados a não voltar mais na rodovia sentido Vilhena, pois seriam impedidos de passar se não aderissem ao movimento", relatou o Ministério PĂșblico de Rondônia. A investigação também averiguou que a população teve o acesso a bens de consumo essenciais limitados e estudantes tiveram o acesso à escola prejudicados. O grupo chegou a estabelecer de que foram os cidadãos teriam acesso a combustĂ­vel, limitando quantidade e horĂĄrio a ser recebido. Além da prisão, a Justiça determinou suspensão do direito ao porte e a posse de arma de fogo e solicitou trĂȘs medidas de monitoramento eletrônico.


Fonte: Jovem Pan

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