O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta segunda-feira, 8, que o presidente Volodymyr Zelensky pediu que ele interferisse na guerra contra a Rússia. Segundo o mandatário, o ucraniano pediu para que o brasileiro articulasse em favor do fim do confronto, mas recebeu uma negativa. "Não foi esse o teor da conversa final, mas em sÃntese ele queria que eu interferisse [na guerra]. Disse, em outras palavras, que se eu pudesse decretar o fim da guerra, não teria deixado que ela começasse lá atrás. Não vou botar o Brasil na guerra de um lado ou de outro", defendeu Bolsonaro, afirmando que "faz tudo para não ter guerra em nenhum lugar do mundo, nem no Brasil". A fala aconteceu durante discurso a membros da Febraban, em São Paulo, quando o presidente mencionava o encontro que teve com Vladimir Putin dias antes do inÃcio do confronto no Leste Europeu. "A imprensa quase unânime disse que não deveria ir, até ministros meus [falaram o mesmo]. [?] Acertamos a questão dos fertilizantes, garantimos a nossa segurança alimentar", afirmou Bolsonaro. O presidente também falou sobre temas como fake news, questionando o que seria a definição; fechamento do comércio na pandemia; desmatamento, corrupção nos governos anteriores e fez crÃticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à presidência da República. Em um dos momentos, Bolsonaro questionou como os eleitores podem cogitar eleger o petista, considerando os episódios de corrupção.
"E tem gente que acha que o canalha, que esteve a pouco tempo preso, vai voltar a fazer diferente do que fez. Está mais do que claro para onde vai o nosso Brasil. [?] Por que a esquerda não quer largar o osso nunca do poder público? Porque só vive disso, não sabem trabalhar, estão apegados ao serviço público, ao sindicatos ou são vagabundos mesmo, só vivem disso, da mentira. Esse partido é especialista em pedir dinheiro para os ricos, votos para os pobres e dar banana para os dois. Quem quer ser democrata não tem que assinar cartinha não, se mandar assinar que sou honesto, todo mundo vai assinar. Democracia tem que sentir o que a pessoa está fazendo", disse o mandatário, em nova crÃtica a Carta pela Democracia. "Falar todo mundo fala, fazer cartinha todo mundo faz. Como estão os banqueiros se sentindo na Argentina e os que restam na Venezuela e Cuba. A gente tem que viver em harmonia, somos adultos, nós aqui, gente como nós temos obrigação de saber a realidade. Ninguém precisa de novo experimentar algo que não deu certo lá atrás", reforçou Bolsonaro, em tom de campanha. "Vocês tem que olhar na minha cara, ver minhas ações e julgar por aÃ. Assinar cartinha? Não vou assinar", concluiu.
Jovem Pan