Indicado para o Ministério da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira, 22, quatro novos secretários da pasta, que fará trabalho importante na equipe econômica a partir de 2023. São eles Marcos Barbosa Pinto (Reformas Econômicas); Rogério Ceron (Tesouro Nacional); Guilherme Mello (PolÃtica Econômica); e Robinson Barreirinhas (Receita Federal). A escolha do advogado tributário Robinson Barreirinhas não agradou a categoria de auditores fiscais. Segundo a Associação Nacional dos Auditores da Receita (Unafisco), o nome coloca a administração tributária como o único órgão de Estado sem um nome de carreira como chefe. Em nota, a entidade diz que o sentimento de desprestÃgio se soma a um conjunto de outros problemas internos resolvidos, a exemplo de acordo salarial descumprido desde 2016, além de convivência conflituosa com a administração do órgão. A entidade ainda afirma que não há dúvidas de que um profissional de carreira reuniria as melhores condições para conduzir o órgão de Estado complexo administrativamente e altamente sensÃvel como a Receita Federal. Apesar das crÃticas, a Unafisco e os auditores fiscais se colocaram à disposição para diálogo com o futuro secretário e para colaborar na integração.
Durante o anúncio de seus quatro novos secretários, Haddad falou das qualidades técnicas da equipe e disse que, apesar da juventude, são pessoas com grande experiência no serviço público: "São pessoas altamente capacitadas, inteligentes e criativas. Esse quarteto que eu apresento hoje aqui é o que nós precisamos para ter o Ministério da Fazenda cada vez mais eficiente e que busque soluções para os problemas que o paÃs está vivendo. Pessoas testadas, aprovadas, respeitáveis como servidores públicos, como colaboradores eventuais, mas que tem uma passagem pelo setor público de muita dignidade e de resultados muito palpáveis". Haddad avisou ainda que, na próxima semana, anunciará o secretário de Relações Internacionais. Ele também confirmou que as conversas estão avançadas sobre os nomes que serão escolhidos para assumir a Presidência da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
Fonte: Jovem Pan