Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) declarou que solicitou ao atual ministro da Economia, Paulo Guedes, não prorrogue a desoneração de tributos federais sobre combustíveis. Segundo a declaração, Guedes teria aceito o pedido e instruído a equipe econômica a não tomar nenhuma atitude que viesse a impactar o governo eleito no mandato que inicia-se em 1º de janeiro. O Ministério da Economia trabalhava em uma medida provisória para prorrogar a isenção sobre combustíveis em até 90 dias. A medida adotada pelo governo eleito pode levar a uma alta dos preços nos combustíveis , mas isso não é uma preocupação para o futuro ministro. "Medidas que podem ser tomadas em janeiro não precisam ser tomadas de forma apressada agora. Nós vamos aguardar a nomeação do presidente da Petrobras. Estamos com expectativa em relação a muitas variáveis que impactam essa decisão, como a trajetória do dólar e do preço internacional do petróleo. Então, para a gente não tomar nenhuma decisão açodada, o governo atual se abstém e a gente com calma avalia", afirmou. Com isso, a desoneração termina em 31 de dezembro. Haddad complementou que o pedido foi genérico com a intenção de que o governo atual se abstenha de tomar qualquer medida na última semana que venha a impactar o futuro governo. Ele ainda disse que Guedes concordou em se abster e que, faltando apenas três dias para a transição de governo, não há urgência em resolver essas questões. O futuro ministro também informou que, nos primeiros dias de janeiro, a equipe econômica irá apresentar um plano para "cobrir o rombo que foi aberto em 2022 nas contas públicas".
Fonte: Jovem Pan