"Decidi revogĂĄ-la pelo princĂpio da prudĂȘncia, antes que produzisse efeitos, para que seja feita uma avaliação criteriosa e segura dos seus termos", explicou o ministro em uma rede social. Nas Ășltimas horas do dia 31 de dezembro e, consequentemente, do fim do governo anterior, o MEC publicou a portaria. Essas novas regras, segundo Godoy, valorizavam a relação entre o curso e a rede do Sistema Ănico de SaĂșde (SUS) local.
"Portaria do MEC que valoriza o programa Médicos pelo Brasil e determina que a abertura de cursos privados de medicina que usam a rede pĂșblica de saĂșde façam repasses importantes ao SUS e concedam bolsas a alunos carentes foi revogada pelo novo governo", publicou Godoy também nas redes sociais.De acordo com o ex-ministro, a portaria atualizava os documentos e requisitos para autorização, reconhecimento e renovação do reconhecimento de curso de medicina e criava o Plano de Qualificação de ResidĂȘncias Médicas. Esse plano qualificaria os programas existentes e poderia também criar novos programas e vagas.
Santana justificou a revogação em virtude de sua publicação ter ocorrido "estranhamente, ao apagar das luzes, no Ășltimo dia do ano, sem ter sequer parecer jurĂdico conclusivo da Consultoria JurĂdica do MEC". Santana acrescentou que não vai manter uma estrutura no MEC que esteja fora da visão sistĂȘmica desejada pelo novo governo para a educação. A nova administração da pasta também extinguiu a Secretaria de Alfabetização (Sealf).
Para Godoy, "a Sealf trouxe ganhos comprovados e cientĂficos para a alfabetização". JĂĄ o seu sucessor entende que essa secretaria, como se apresentava, não estava dentro do pretendido pelo novo governo para as polĂticas de alfabetização. "A alfabetização brasileira regrediu absurdamente nos Ășltimos anos", criticou.
Fonte: AgĂȘncia Brasil