O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou nesta terça-feira, 10, da cerimônia de abertura do 34º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Para um público formado por empresários do setor, o ministro falou do empenho do governo para manter os estabelecimentos abertos durante a pandemia, apesar das políticas de lockdown em vários estados e municípios: "Assim que a pandemia se abateu sobre nós, fizemos várias reuniões e passamos praticamente dois anos sem férias, sem sábado e sem domingo trabalhando em medidas, uma atrás da outra". Declarações do economista sobre a relação do Brasil com a Europa, em especial com a França, chamaram a atenção dos presentes no evento. Guedes relatou que, em uma conversa com um ministro francês, comparou as queimadas na Amazônia com o incêndio na Catedral de Notre Dame, em Paris. "Uma vez um ministro da França falou: "Você está queimando a floresta". Eu falei: "E você está queimando Notre Dame". Que acusação idiota! Você não está queimando Notre Dame, mas é um quarteirão que você não conseguiu impedir de pegar fogo. Agora, nós temos uma área que é maior que a Europa e vocês ficam criticando a gente", declarou.
Em seu discurso, o ministro também diminuiu a relação da Europa nas relações comerciais com o Brasil: "Nosso comércio com vocês [Europa] era de US$ 2 bilhões no início do século, ano 2000. Com a China eram US$ 2 bilhões também. Hoje, nós comercializamos com vocês US$ 7 bilhões e comercializamos com a China US$ 120 bilhões. Vocês estão ficando irrelevantes para nós". Guedes mais uma vez garantiu que o Brasil vai registrar crescimento neste ano e nos próximos. "A inflação vai começar a descer, estamos crescendo bastante esse ano, ano que vem vai crescer de novo e esses programas de investimento vão entrar em fase. Então, o Brasil está com tudo para iniciar um longo ciclo de crescimento. Nós só temos que ter juízo, votar direitinho, fazer a coisa certa, seguir o caminho da prosperidade e está tudo arrumado", projetou o economista.
*Com informações da repórter Carolina Abelin
Fonte: Jovem Pan