O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, se manifestou sobre a suposta minuta de decreto encontrada pela PolĂcia Federal (PF) em sua residĂȘncia, na operação de busca e apreensão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes e referendada pelo plenĂĄrio do Supremo Tribunal Federal (STF) – os ministros também endossaram a decisão que pede a prisão de Torres. O documento, segundo reportagem publicada na tarde desta quinta-feira, 12, pelo jornal Folha de S. Paulo, serviria para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e reverter o resultado das eleições, vencidas pelo atual presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT). Pelo Twitter, Torres afirmou que o documento foi "vazado fora de contexto" com o intuito de "alimentar narrativas falaciosas contra mim". Ainda de acordo com o ex-secretĂĄrio de Segurança PĂșblica do Distrito Federal, o material "seria levado para ser triturado oportunamente" no Ministério de Justiça e Segurança PĂșblica.
"Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lĂĄ e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciĂȘncia tranquila quanto à minha atuação como Ministro", escreveu Torres em seu perfil na rede social. Segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, o documento, de trĂȘs pĂĄginas e feito em computador, foi encontrado no armĂĄrio do ex-ministro. A PolĂcia Federal, a partir de agora, investigarĂĄ as circunstâncias da elaboração da proposta.
Fonte: Jovem Pan