A indústria elétrica e eletrônica no país comemora os resultados positivo de 2022 e continua otimista para 2023 apesar dos desafios. Se durante o auge da pandemia da Covid-19 aumentaram as vendas de celulares e computadores, agora deverá ser a vez dos bens de capital. O setor promete pressionar o novo governo e o Congresso Nacional para aprovar a reforma tributária, contribuindo com seu crescimento. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barato, diz o sinal de conexão 5G deve ajudar o setor a crescer nos próximos anos. Barato alerta também que a crise da Covid-19 na China interfere nos mercados mundiais. Para Humberto Barato, o setor de infraestrutura vai crescer ao longo de 2023. Ele ressalta, no entanto, a necessidade da reindustrialização no Brasil. "É o caso do nosso setor, do setor automobilístico, que a necessidade de chips, a necessidade de semi-condutores, faz com que a gente tenha que fazer um processo importante de política industrial para que a gente possa atrair fabricantes desses segmentos, onde nós temos maior nível de vulnerabilidade, como ficou agora apresentada pela pandemia. O que o setor espera começa desde a reforma tributária, o novo modelo do setor elétrico, a transformação digital na indústria, que tem sido algo extremamente importante", comenta.
O presidente da Abinee avalia ainda que as vendas mostram uma mudança de comportamento do consumidor. "O que nós sentimos efetivamente esse ano foi uma queda bastante representativa nos números de bens de informática, bens de telecomunicação, como telefones celulares, e, principalmente, utilidades domésticas. Esses, houve uma antecipação de compra durante o período da pandemia e, evidentemente, então o ano de 2022 foi bem castigado, com quedas expressivas no volume de vendas", disse.
Jovem Pan