O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), também ministro da Indústria, Comércio e Serviço, participou da primeira reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta segunda-feira, 16, quando defendeu que a reforma tributária seja aprovada ainda em 2023. Durante suas falas, o vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que "tudo que é PEC", ou seja, que depende de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e do aval do Congresso Nacional, deve ser aprovado de forma rápida para aproveitar o "embalo e a legitimidade do processo eleitoral". "Já temos duas PECs bastante discutidas e que podem ser aperfeiçoadas. Diria que a reforma tributária é central, pode fazer o PIB crescer, trazer eficiência econômica, simplificando a questão tributária. E entendo que é essencial, inclusive para a indústria", afirmou Geraldo Alckmin.
"A reforma tributária não é de governo nem da oposição, é do país. É senso comum que precisamos de sair desse manicômio tributária, é preciso simplificar. É essencial, está madura e foi discutida ", completou. Em panorama geral da economia, o ministro também falou em notícias positivas do cenário internacional, como a redução dos casos de Covid-19 na China e inflação moderada dos Estados Unidos, e destacou pontos considerados mais importantes para o Brasil, entre eles, a desburocratização; ampliação e expansão dos acordos internacionais; investimento em inovação e tecnologia; e melhora da logística para atrair investimentos e reduzir o "custo Brasil".
Em seu pronunciamento, Alckmin fez acenos ao ex-presidente Michel Temer (MDB), atual membro do conselho da Fiesp, que também participou da reunião. Ele exaltou a aprovação do Novo Ensino Médio durante do governo do emedebista e descartou a possibilidade do governo Lula revogar a reforma da previdência e a reforma trabalhista, sendo a última aprovada durante a gestão Temer. "Presidente Lula tem colocado, não vai revogar reforma trabalhista nem previdenciária, o que você pode é aprimorar, até porque o mundo é rápido dinâmico", disse o vice-presidente. Geraldo Alckmin também fez uma sinalização ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ao falar em "sensibilidade" do colega em excluir a proposta de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A expectativa é que Haddad participe da próxima reunião com a diretoria da Fiesp, em 30 de janeiro, após retorno do Fórum Econômico da Davos.
Fonte: Jovem Pan