O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, ficou em silêncio durante depoimento à PolÃcia Federal. A oitiva aconteceu na manhã desta quarta-feira, 18, no 4º Batalhão da PolÃcia Militar do DF. No entanto, o ex-secretário disse que não tinha informações para dar. Torres foi preso no último sábado, 14, após chegar ao Aeroporto de BrasÃlia e se entregar à PF. Ele se encontrava em Orlando, na Flórida, e estava de férias com a famÃlia após ser nomeado o comandante da pasta no Distrito Federal. Anderson Torres é investigado por suspeita de leniência nos atos de vandalismo que ocorreram em BrasÃlia no dia 8 de janeiro, quando as sedes dos três Poderes – Congresso Nacional, Palácio do Planalto e o prédio da Suprema Corte – foram invadidas e depredadas. A prisão dele foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 10 de janeiro. Na visão do magistrado, houve descaso e conivência do ex-secretário e o episódio de vandalismo aconteceu "mediante participação ou omissão dolosa". "Em momento tão sensÃvel da Democracia brasileira, em que atos antidemocráticos estão ocorrendo diuturnamente, com ocupação das imediações de prédios militares em todo o paÃs, e em BrasÃlia, não se pode alegar ignorância ou incompetência pela OMISSÃO DOLOSA e CRIMINOSA. A omissão das autoridades públicas, além de potencialmente criminosa, é estarrecedora, pois, neste caso, os atos de terrorismo se revelam como verdadeira "tragédia anunciada", pela absoluta publicidade da convocação das manifestações ilegais pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, tais como o WhatsApp e Telegram", pontuou Moraes em sua decisão.
Jovem Pan