Anderson Torres fica em silêncio durante depoimento à PF sobre invasões em Brasília

A prisão do ex-secretário de Segurança foi decretada por Alexandre de Moraes, mesmo estando de férias durante o período das manifestações com vandalismo

Por Trago Verdades em 18/01/2023 às 13:20:22

Wesley Amaral/Câmara dos Deputados

O ex-secretĂĄrio de Segurança PĂșblica do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, ficou em silĂȘncio durante depoimento à PolĂ­cia Federal. A oitiva aconteceu na manhã desta quarta-feira, 18, no 4Âș Batalhão da PolĂ­cia Militar do DF. No entanto, o ex-secretĂĄrio disse que não tinha informações para dar. Torres foi preso no Ășltimo sĂĄbado, 14, após chegar ao Aeroporto de BrasĂ­lia e se entregar à PF. Ele se encontrava em Orlando, na Flórida, e estava de férias com a famĂ­lia após ser nomeado o comandante da pasta no Distrito Federal. Anderson Torres é investigado por suspeita de leniĂȘncia nos atos de vandalismo que ocorreram em BrasĂ­lia no dia 8 de janeiro, quando as sedes dos trĂȘs Poderes – Congresso Nacional, PalĂĄcio do Planalto e o prédio da Suprema Corte – foram invadidas e depredadas. A prisão dele foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 10 de janeiro. Na visão do magistrado, houve descaso e conivĂȘncia do ex-secretĂĄrio e o episódio de vandalismo aconteceu "mediante participação ou omissão dolosa". "Em momento tão sensĂ­vel da Democracia brasileira, em que atos antidemocrĂĄticos estão ocorrendo diuturnamente, com ocupação das imediações de prédios militares em todo o paĂ­s, e em BrasĂ­lia, não se pode alegar ignorância ou incompetĂȘncia pela OMISSÃO DOLOSA e CRIMINOSA. A omissão das autoridades pĂșblicas, além de potencialmente criminosa, é estarrecedora, pois, neste caso, os atos de terrorismo se revelam como verdadeira "tragédia anunciada", pela absoluta publicidade da convocação das manifestações ilegais pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, tais como o WhatsApp e Telegram", pontuou Moraes em sua decisão.

Fonte: Jovem Pan

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